©apítulo 21

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ANGELINE ANTUNES

Senti um arrepio de revolta, não podia acreditar que ele havia feito isso

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Senti um arrepio de revolta, não podia acreditar que ele havia feito isso. Fiquei aborrecida e não me movi, tudo foi planejado, nunca ficamos
perdidos... Jesus! Ele me manipulou, me enganou, me fez aceitá-lo. Fechei os olhos de indignação, o ouvi ordenar.

- Vamos Angeline, não quero que o helicóptero chegue e meus homens a
veja nua.

Abri os olhos e não conseguia assimilar as palavras, tudo era tão
horrível, desde o princípio ele tratou aquilo como um negócio, me tratou como uma pessoa sem vontades, facilmente manipulável. O som de helicóptero cruzou o ar. Saindo do meu estado de choque, me vesti rapidamente, a roupa era simples, por isso, não tive dificuldades em usá-la.

Saí do bote e segui para à praia. Tom estava parado com mão na testa
fazendo sombra, ele colocou um óculos escuro e amarrou os cabelos no coque baixo, olhando a aeronave que se preparava para pousar na areia.

Ainda não conseguia acreditar, na verdade, não queria acreditar e com revolta segurei nos braços dele e o questionei.

- Por que você fez isso?

- Não é óbvio, você precisava descobrir seus sentimentos.

- Que sentimentos? Você me sequestrou, me fez..

Ah! Não conseguia nem completar o raciocínio tamanho a minha
indignação. Lembrei o dia do naufrágio aquilo foi real, o barco afundou de verdade, não pode ter sido algo fantasioso.

- O barco, eu o vi afundar, aquilo era real.

- Sim, eu mesmo o sabotei para o momento certo ele afundar,
precisava fazer você acreditar que realmente havia sido um acidente.

- Meu Deus! Você afundou um barco caríssimo de propósito só para encenar e executar esse plano?

- Meu amor, eu sou um mafioso, aquele barco e um dos muitos que
posso comprar, não se preocupe com isso.

- Que monstruoso. Você é desprezível!

- Angeline, não seja melodramática, eu não sou um homem de perder tempo, faço o que tem que ser feito para conseguir meus objetivos.

Nesse momento o helicóptero já havia pousado e as hélices diminuíram a rotação, Tom segurou minha mão e disse:

- Vamos voltar para a civilização.

Algo dentro de mim, revoltou, era raiva, nunca havia experimentado
esse sentimento antes. O sabor amargo da indignação inundou a minha boca.

Ele tinha mentido para mim, e provavelmente mentiu sobre outras coisas.

Ele me deixou conhecer a paixão, fez eu me apaixonar por ele, por puro capricho, pois com certeza não é recíproco. Com raiva, parei e tentei me soltar.

Cᥲ᥉tιdᥲdᥱ ᥆ᥙ Pᥱᥴᥲd᥆?Onde histórias criam vida. Descubra agora