AVISO: menção a violência doméstica, descrições de machucados e ataque de pânico
Draco não sabia por que deixou Theo convencê-lo a sair naquela noite. Sua mente ainda estava se recuperando do quase beijo com Granger semanas atrás.
Ela o estava evitando. Ele entendia o porquê. Ele havia cruzado uma linha. Ele não tinha o direito de sentir o jeito que ele fazia por ela, mas isso não mudava o fato de que ele sentia algo por ela.
Algo muito mais que um colega de trabalho platônico deveria sentir.
Ele não conseguia tirar os lábios dela da cabeça. Como ela mordia o lábio inferior quando se concentrava ou quando eles puxaram seus dentes em um sorriso genuíno. Como eles se separaram um pouco quando ela ouvia alguém falar apaixonadamente sobre algo que amava.
Ela era um tipo diferente de radiante. O tipo de luz do sol que espiava através das rachaduras nas linhas das árvores ou nas fissuras dos edifícios. Ela abriu caminho sem desculpas, iluminando tudo que estava escuro, tornando-o bom.
"Você está bem, companheiro?", Theo interrompeu seus pensamentos, servindo-lhe outra dose de uísque de fogo.
Draco empurrou-o para Blaise, que o pegou de boa vontade. "Acho que vou acabar pela noite."
"Tem certeza? Nunca comemoramos sua grande vitória com o Wizengamot." Theo empurrou.
"Sim, e aí, Malfoy?", Blaise entrou na conversa.
"Só um pouco cansado, só isso. As bebidas são por minha conta, rapazes." Ele se levantou do bar, deixando uma pilha de galeões para o barman. "Isso deve cobrir a minha conta e a deles, certo?"
Ela arregalou os olhos diante da quantidade obscena de moedas no balcão e assentiu sem pensar. "Uh, obrigada", ela deixou escapar enquanto colocava as moedas nas mãos.
"Você é um bom homem, Draco", Theo aplaudiu enquanto apertava sua mão.
"Eu sabia que mantivemos você por perto por algum motivo", Blaise sussurrou enquanto pedia outro martini.
Draco zombou. "Boa noite, companheiros."
Ele saiu do pub na noite fria. Ele se perguntou o que Granger estava fazendo no aniversário dela. Ele tinha certeza de que ela passaria o tempo com o marido em algum encontro brega que só o Weasel poderia imaginar.
Ela estava se divertindo?
Ele os imaginou jantando. Talvez ela estivesse usando um vestido, com o cabelo caindo em cascata pelas costas. Seria um restaurante trouxa? Ou talvez um lugar legal na Londres Mágica?
Ele silenciosamente desejou que pudesse ter sido ele. Ele podia vê-la rindo enquanto caminhavam pela rua, embriagado por causa de algumas taças de vinho no jantar, segurando as flores que teria dado a ela. Ela estava sorrindo de volta para ele, com a mão dele na dela e o cabelo esvoaçando no meio-vento de setembro.
Ele balançou sua cabeça. Ela se casou com Ron. Eles eram felizes. Ele apenas teria que aprender a aceitar isso como um fato e seguir em frente.
Ele caminhou preguiçosamente pela rua, chutando os sapatos contra o paralelepípedo abaixo dele, quando ele ouviu uma fungada quase silenciosa vinda do beco à sua esquerda. Ele estreitou os olhos para ver no escuro e viu uma mulher sentada com um vestido escuro contra a parede de tijolos de um pub, os joelhos puxados para próximos de si.
"Com licença, você está bem?" Ele parou quando chegou perto o suficiente para ver os cachos inconfundíveis. Então ele estava correndo.
"Merda- Granger, o que diabos aconteceu?" Ele correu e se ajoelhou ao lado dela. Ela ficou tensa com a mão dele em seu ombro. "Você está bem? Onde está Weasley?"
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Come Find Me | Dramione - Português
FanfictionSeis anos depois da guerra, Hermione tem a imagem de uma vida perfeita. Ela é casada com um marido amoroso, tem o emprego no Ministério que sempre quis e amigos que são leais até o fim. Então, por que ela tem que usar glamour para afastar os hematom...