Capítulo 31: Estilhaçada

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AVISO: sangue, ferimento, morte de personagem

Ela deveria estar lá agora.

Draco andava de um lado para o outro na areia, o vento salgado do oceano soprando ao seu redor, olhando para o relógio a cada segundo.

Cinco minutos. Dez. Quinze.

"Temos que voltar", ele deixou escapar, encarando Theo e Blaise, incapaz de esperar mais um momento.

"Draco, não podemos voltar. Você ouviu Potter ontem. Ele não acredita em você. Ele fará com que seus homens o levem para Azkaban sem pensar duas vezes", Theo disse, olhando para cima de onde estava sentado, seu joelhos dobrados em seu peito. "Você espancou o homem com todo o departamento DELM a um corredor de distância. Eles certamente já o encontraram."

Blaise estava parado atrás dele, esfregando as palmas das mãos para lutar contra a brisa fria da noite enquanto dizia, "Estamos com medo por ela também. Mas temos que confiar nela".

O coração de Draco estava martelando no peito desde o momento em que pousaram na praia dele e de Granger. Blaise teve que segurá-lo de Theo enquanto ele gritava com seu amigo por deixá-la.

Ele sabia que Weasley a machucara, mas vendo isso em primeira mão... O jeito que Granger gritou quando ele agarrou o braço dela...

Deuses acima, Draco havia perdido o controle. Uma sensação de calma cruel tomou conta quando ele arrancou Weasley dela. Se Theo não estivesse lá, Draco não teria parado até morrer.

O monstro merecia coisa pior que a morte.

Ele andava de um lado para outro naquela praia, tentando descobrir o que viria a seguir, para onde iriam. Ele não se importava com o quão longe eles teriam que ir, contanto que ela estivesse segura e eles estivessem juntos. Ele abriria mão de seu nome, de sua carreira, de seu dinheiro se isso significasse que eles poderiam fugir  juntos.

Mais minutos se passaram. Ele ouviria o som familiar da aparatação. Isso nunca aconteceu.

"Algo não está certo, Theo. Eu sei disso. Não ficarei aqui parado se ela estiver com problemas... Se estiver ferida."

"Mas Potter-"

"Eu não me importo que Potter seja um pedaço de merda inútil. Minha liberdade não vale a vida dela, e se você não me der essa porra de pedra para que eu possa encontrá-la, eu juro por Merlin, eu nunca vou perdoar você, Theo."

Blaise colocou uma mão gentil em seu ombro. "Amigo-"

"Não, ele está certo", interrompeu Theo, levantando-se e tirando a areia das calças do terno.

"Tem sido muito tempo."

Draco quase cedeu de alívio. "Obrigado."

"Nós vamos com você."

"Vocês não têm-"

Theo o calou com um olhar que dizia que ele não aceitaria um não como resposta. "Nós vamos com você", ele repetiu. "Ela é da família."

Os três homens se reuniram, rezando silenciosamente para que estivessem errados. Que eles a encontrariam segura e pronta para fugir.

Theo estendeu a mão, a pedra de aparatação apertada com força na outra. Respirando fundo, Draco e Blaise o seguraram.

Um momento depois, eles se foram.

•••

Eles pousaram no gramado de uma pequena cabana no campo, com a lua alta no céu noturno. Tinha que ser a casa de Granger, mas ele não tinha certeza.

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