🎼 P r ó l o go

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    Essa estória contém cenas de sexo explícita, violência, abuso sexual, palavrões e personagem extremamente possessivo e agressivo, que podem desagradar alguns leitores

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"Mãe! Socorro!"

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"Mãe! Socorro!"

  As palavras ecoavam em minha mente.

  Eu não conseguia respirar.

"Por favor! Mãe."  Murmurei sendo sufocado pelas enormes mãos do homem diante de mim. Seus dedos se apertam ainda mais ao redor da minha garganta, me tirando o último pedaço de fôlego. 

   Meus olhos se arregalam, minha visão se perdendo no rosto distorcido do homem, lutei contra suas mãos venenosas, debatendo meu corpo embaixo do seu.

"Você não vai me obedecer?" Ele diz rouco, seus dedos puxam meu queixo com força fazendo com que eu fosse obrigado a olhar em seus olhos maldosos. Seu polegar acariciou meu pescoço descendo pela clavícula.

   Apertei meus olhos com tanta força que lágrimas pesadas escaparam e caíram pelas bochechas solitárias. Prendi meu soluço assustado, tremendo da cabeça aos pés.

    Ao abrir as pálpebras, eu não conseguia enxergar sua feição, nenhum traço de seu rosto, o homem era apenas uma visão turva e distorcida.

"Por favor...não faz isso..." Sussurrei tão baixo que podia jurar que ele não havia me escutado. Sua respiração era alta, pesada e cheia. Seu peito subia e descia. "Por favor..." implorei, o homem se contorceu, um sorriso presunçoso cresceu em seus lábios, minha respiração cessou devagar, ele se inclinou um pouco e pegou seu copo de licor, bebendo um longo gole.

"Você vai aprender a ficar quietinho."  Sussurrou, sua mão começou a tremer, e notei que tinha alguma coisa errada. Ele colocou o copo de volta no criado mundo. De repente começou a tossir, uma tosse forte e desastrosa, rouca e pesada. Olhei para o licor, e um pequeno sorrisinho surgiu no meu rosto.

  O homem arregalou os olhos, caindo do outro lado da cama sem reação , o observei por tempo suficiente para saber que ele não estava mais respirando.

   Deslizei do colchão, e peguei o copo de licor, sentindo o cheiro da bebida fresca e o pouco de naftalina. Abracei o copo comigo, e o coloquei de volta no lugar.

   Eu me sentia mais leve, livre e finalmente liberto depois de dois anos.

  Desci as escadas, a casa estava vazia e melancólica, com seu tom sombrio e peculiar, minha mãe nunca estava em casa, e eu sempre me sentia solitário e vazio.

    Eu não tinha para onde ir, não tinha para onde fugir. Não demoraria para que minha mãe chegasse e ela encontrasse o homem que amava morto na minha cama.

     Era só questão de tempo até meu mundo desabar sobre minha cabeça.

   Peguei um papel na cômoda do quarto de minha mãe, e uma caneta, sentei na mesa de escrivaninha perto da janela, e comecei a escrever.

"Fui machucado, abusado, senti que meu corpo não era mais meu, todas as noites ele se esgueirava na minha cama procurando um lugar para ficar, eu chorava enquanto me via preso, enjaulado em um ciclo pecaminoso de culpa, vivia me escondendo com medo de que um dia isso pudesse vir chatear você, permaneci em silêncio por tempo suficiente com pesar de que talvez eu tivesse feito algo para merecer o que estava acontecendo. Eu tinha apenas quinze anos quando tudo começou, e a primeira noite, matou o último resquício que existia de mim, um garoto inocente, gentil e alegre me transformando em um demônio frio sem coração. Esperei pela última vez até agora, para que meu inferno finalmente chegasse ao fim. Mas eu sei que nunca mais vou esquecer o monstro que me mudou para sempre."

  Dobrei o papel e deslizei para baixo do seu travesseiro, eu sumiria da vida da minha mãe, deixaria ela sofrer seu luto em paz pelo homem que jurou amá-la e respeitá-la. Deixaria ela chorar em sua cama todas as noites enquanto sentia falta dele sem saber que ele foi capaz de entrar nas nossas vidas e destruí-las.

 

 

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Who| Timothée Chalamet Onde histórias criam vida. Descubra agora