Capítulo 9

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Sérgio Amarante abriu a porta traseira do carro, saio. Após uma pequena reunião com a Luciana Ferrara, Sandro ligou todo feliz e comunicou que a Norma finalmente concebeu um herdeiro, por tantas decepções de resultados negativos finalmente aconteceu. Encontro o Eros com o pé encostado na parede fumando o seu baseado, parece pensativo. Com as mãos no bolso, vou a sua direção caminhando lentamente. O meu cão de guarda ficou dentro do carro, esperando as minhas ordens ou as ordens do meu genitor.

— Eros, soube da notícia, meus parabéns.

Eros para de fumar, e me olha, seus olhos verdes estão vermelhos e dilatados. Aos poucos ele vai ficar no fundo de poço novamente, novamente e novamente, ao ponto de nunca mais sair de lá. Esqueci quantas boias salva vidas joguei para salvá-lo, até tentei descobrir a raiz do seu problema. O início que causou tudo isso, o problema para ser dessa forma, desconfio que seja a sua ex-namorada na juventude que morreu numa misteriosa.

— Finalmente aquela frígida terá um herdeiro. — Ponha novamente o baseado entre os seus lábios.

— Aposto que você está feliz, um filho.

Eros sorri balançando a cabeça.

— Posso ser um porra de um drogado e fudido na cabeça, mas não sou burro meu irmão.

— O que você quer dizer?

Eros sai da parede e aproxima-se de mim, os seus lábios tocam no meu lóbulo da orelha e sussurra.

— Quando um indivíduo abusa das drogas, perde a capacidade de procriar. — Riu — Esse bastardo não é meu filho, e você sabe disso, não sabe? Então sabe quem é o pai desse bastardo? — Afastou-se de mim.

— Eu não sei, e é melhor você parar de usar essas drogas. Não percebe que elas estão te matando aos poucos? — Eros fuma e dá de ombros. — E como sabe que a sua esposa está te traindo? Ela nunca sai de casa, além de fazer compras e participar das reuniões das mulheres.

Nunca gostei de saber a verdade sobre eles, porém, o Apolo é o único irmão que tenho. Falei tanto para ele acabar esse relacionamento e ele nunca me escutou, não sei se é paixão ou é fogo no cu. E agora, o drogado sabe, eu acho.

— Norma vivia enchendo a porcaria do meu saco, e agora, está morando nas nuvens. Cantando quando prepara algo na cozinha, está mais arrumada do que nunca, agora está usando roupas mais coloridas, usando perfume que eu odeio e pior, não está um pouco se importando que estou levando a Catharina para o nosso quarto.

Coloco as mãos na minha cintura, e limito o meu tom de voz.

— Está desconfiado porque a sua mulher está feliz e não está mais pegando no seu pé?

— Sim! — Responde com desdém.

— Inacreditável, Eros! — Pego o seu baseado e jogo no chão.

— Ei, porra!

— Norma está casada com você há dez anos, ela se acostumou com essa vida do caralho. Então para desconfiar da sua mulher, ela é uma santa.  Você ainda está mantendo relações sexuais com ela?

— Duas vezes por semana.

— Quantas vezes você come aquela menina nova?

— Todos os dias! — Se gaba. — Se quiser, posso dar um pouco.

— Não, obrigado! — Antes de entrar no elevador, eu digo — Então esse filho é teu, Norma nunca colocaria um chifre na sua cabeça, se colocar, a culpa é sua. De não satisfazer a sua mulher e  teve que procurar outros meios para apagar o fogo. Lembra-se disso, Eros.

Famiglia Lambertini: A Escolha (PAUSA)Onde histórias criam vida. Descubra agora