Famiglia Lambertini: A Escolha (PAUSA)

Capítulo 13

ZEUS LAMBERTINI/O CASAMENTO

Essa é a terceira vez que eu estou tomando banho, esfreguei bastante a esponja amarela sobre o meu corpo sujo e suado, água gelada caía sobre mim e tirava a espuma, tive um pesadelo terrível com o Geraldo González.

Dessa vez, sentir até o seu bafo de fumante e o seu cheiro de esgoto, a sua voz asquerosa sussurrando ao meu ouvido e rindo, no sonho eu estava preso naquele quarto imundo e subterrânea, e a minha pobre mãe amarrada e com a mordaça na boca, aquele monstro em cima dela, usando e abusando do seu corpo desnutrido e fraco. Sem nenhuma chance de escapar ou se defender, seu filho de dez anos assistia tudo abraçando os seus próprios joelhos e chorando silenciosamente.

Quatro horas antes do casamento, e acontece uma desgraça dessa, preciso me controlar. Não quero que a Luciana descubra os meus problemas internos, não quero a sua pena. A única coisa que vou querer dela com bom agrado: São os seus gemidos e as suas unhas penetrando nas minhas costas.

Meia hora no banho, finalmente saio no banheiro. No quarto, sentado na minha cama estava Sandro analisando o meu terno.

— Pai! — Fui direto ao meu closet, tiro a toalha — Pensava que você estava com a sua esposa na igreja. — Abro a gaveta de cueca e pego. — O que houve? — Me visto — Pelo a sua semblante a notícia não é nada boa, a família Ferrara desistiu de fazer o acordo?

Ouço ele suspirar melancolicamente, virei, ele estava com as mãos juntas e com a cabeça baixa, eita, então a situação é bastante séria.

— Zeus, tenho algo pra te falar.

Saio do closet — O que foi?

Seus olhos azuis me fitaram e neles vejo preocupação.

— Eu e a Isadora, nós temos um caso há bastante tempo.

Vou à sua direção e sentei ao seu lado, talvez, ninguém desconfie além de mim. Mas no fundo sempre soube que essa família pratica incesto há muito tempo. Talvez, o início da história que tudo começou foi que o meu avô teve um breve caso com a sua meia-irmã por parte de pai. Antes de sair do controle, casou-se com uma mulher estrangeira e eles tiveram o Sandro, que insiste em dar continuidade a essa história.

— Pai, eu sempre soube do seu caso. Talvez, Apolo, Eros ou a Hera não saiba disso, mas eu sempre soube e mantive calado durante todos esses anos. No início pensava que o senhor estava forçando a Isadora transar contigo, todas as noites o senhor entrava no seu quarto e saía antes do amanhecer. Então eu os flagrei, Isadora estava adorando subindo e descendo no seu pau.

— Na minha defesa, foi ela que começou. Ela tinha apenas dezessete quando começou a me seduzir, dizendo que queria agradecer por ter deixado ela ficar aqui por tempo indeterminado.

— O senhor está pálido e com olheiras profundas, provavelmente não é esta questão. Então me diga, qual o verdadeiro assunto?

— Ela está grávida de três meses.

Sandro está sendo mais irresponsável do que o próprio filho, Eros.

— E? Você queria o quê? Transar sem proteção dá nisso, um bebê indesejado.

— Mas, eu não quero esse filho. — Diz irritado. — A Isadora não quer fazer aborto e nem doar na adoção.

— Deveria pensar isso antes de entrar no meio das pernas da sua própria sobrinha — Me levanto — O que senhor vai fazer a respeito disso? Matá-la? Igual o senhor fez com as suas outras amantes? — Comecei a massagear a minha testa — O senhor poderia dizer isso a qualquer momento, mas escolheu justo hoje? No dia do meu casamento, é inacreditável, só pensa em você.