ZEUS LAMBERTINI
Levanto-me na cama e vou em direção ao banheiro, olho-me no espelho. Meus olhos estão escuros, o meu corpo está tremendo e a ansiedade está me consumindo violentamente desde que cheguei na fazenda do meu amigo, Leôncio Hernández. Aperto a borda da pia de porcelana com toda a minha força, como isso pudesse emplacar o meu desejo de matança que acontecerá em poucas horas. Há anos sofro de pesadelos naquele dia, o sótão sujo, fedido, fezes humanas no canto das paredes e ratos comendo membros de um corpo humano apodrecido. Tudo isso presenciei quando era apenas um garoto inocente e que brincava com os seus irmãos menores, a sua única preocupação era não perder o seu desenho favorito que passava na televisão.
Tudo isso, essa inocência pura foi tirado da pior maneira possível por aquele homem. E essa noite fará o mesmo, eu finalmente irei vingar a morte da minha mãe. Em nome dela, cortarei as suas gargantas numa lâmina cega, portanto, antes de irmos para a grande final, todos nós iremos brincar um pouco.
Esboço um sorriso, ideias brilhantes passavam pela minha mente nesse exato momento. Todos eles sofrerão, todos eles irão sentir a mesma dor que eu senti.
Quando dei conta, deixei a torneira ligada e a água estava vazando.
— Merda! — Desligo.
— Zeus! — Ouço a voz de Leôncio.
— Estou aqui!
Afasto-me da pia, antes de abrir a porta checo a minha aparência. Olheiras profundas estavam presentes debaixo dos meus olhos, não estou conseguindo dormir direito há três dias.
Abro a porta.
Leôncio a poucos centímetros de mim segurando o seu bebê de dois anos. Álvaro mostra os seus dentes para mim, é lindo, e se parece bastante com o seu pai. Eu queria ter um menino, mas infelizmente veio a Melissa, estou feliz com a minha filha. Porém, eu queria ter um menino antes.
— Está ansioso para esta noite? Porque eu estou, menos a minha esposa, ela está bastante aflita.
— Igual a minha.
Álvaro estendeu os braços para mim e eu peguei, Leôncio não gostou muito da atitude do seu filho. Ciúmes de pai?
— É pesado. — Comento, os seus dedinhos beliscavam os pêlos da minha barba. — É bonito igual a mãe. — Provoquei
— Ata! — Cruzou os braços.
A porta do quarto é aberta, Eros entra segurando os seus facões favoritos. Não é um facão qualquer, foi moldado especialmente para o meu irmão, ele tem uma destreza com as facas que às vezes fico perplexo. Os facões que ele está segurando são compridos, os cabos são feitos de couro legítimo e o seu nome está gravado na lâmina.
Eros ergue os seus brinquedos.
— As minhas lâminas estão tão afiadas que poderiam cortar uma pessoa ao meio. Hoje testarei essas gracinhas.
Leôncio olhou para mim
— Não tinha outro irmão, Zeus?
— Apolo às vezes parece ser crente, não gosta de violência.
— Mas gosta de adultério. — Eros comentou.
O ignoro, devolvo o Álvaro para o seu pai.
— Vamos nos preparar, cadê os nossos homens e o Lennon?
— O veadinho ruivo está lá embaixo e os outros estão lá fora esperando as suas ordens, capitão.
Um dias desses Eros cismou que o Lennon é homossexual, só porque ele reparou na sua bunda quando estava no vestiário.
— Irei me vestir então.
Os três saíram, comecei a me arrumar. Vesti uma roupa apropriada para a guerra, e na minha mala, tem melhores armas e facas disponíveis, peguei todas elas e saio do quarto. Todos eles estavam me esperando, não fiz um discurso, não sou capitão América. Simplesmente dei ordens para entrar nos seus respectivos carros, infelizmente o Eros está ao meu lado olhando para os seus facões como se fosse algo do outro mundo.
Chegamos no território González, foi mais fácil de entrar como tirar um doce de um bebê. Escolhi esse dia por dois motivos, eu sempre queria estragar um casamento e principalmente quando o padre fala aquela frase "Se alguém é contra, fala agora ou cale-se para sempre". E o segundo, o terreno estaria desprotegido por causa do casório.
Geraldo irá morrer ao me ver, será que ele se lembra de mim? Eu espero que sim, porque eu ficarei tão desapontado.
— E aí? — Eros pergunta, ele está ao meu lado.
Estamos escondidos entre as árvores esperando o momento certo e os outros estão no estábulo. A área é imensa igual à fazenda do meu amigo.
Estou com o McMillian Tac-50, os melhores Rifle Sniper de longa distância e estou mirando na Paulina que acabou de entrar no tapete vermelho, ela será a nossa primeira vítima, não será uma uma bala de verdade que atravessará em seu corpo e sim um tranquilizador, que emitirá uma dor terrível que se compara a levar um tiro de verdade. E a coitada nem saberá a diferença.
— O plano é o seguinte, vocês vão invadir a festa quando o padre dizer aquela frase típica e entrarão atirando sem dó, porém vocês irão poupar algumas vidas. Os bastardos morrerão primeiro e os legítimos serão comigo. Entendidos?
Os soldados assentiram
— Sim, senhor.
Esperamos o momento certo, de longe dar para ver a relutância da Paulina quando o padre perguntou. Parece que o Geraldo se irritou, e deu um tapa na sua ex esposa.
— Credo. — Eros — Norma deveria ver isso, só assim, saberia que é extremamente sortuda por ter casado comigo.
— Cala a boca, Eros! — Digo. — Homens se preparem.
Finalmente o meu plano está se cumprido, quando o padre falou aquela frase. Dei um tiro certeiro na sua perna, Paulina se debruçou de dor.
— AGORA.
Patrícia Lambertini é por você.
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Famiglia Lambertini: A Escolha (PAUSA)
RomanceConteúdo Adulto. Proibido para menores de dezoito anos. 🛑 Zeus Lambertini é o primeiro no comando dos negócios da família Lambertini. Assumiu os negócios clandestinos aos vinte e cincos anos de idade, sendo capaz triplicar a fortuna da família em...