capítulo 4

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— Olha só, você não ficou doente — Bella sorriu ao se aproximar do rapaz de cabelos loiros— o que é surpreendente já que estava completamente molhado

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— Olha só, você não ficou doente — Bella sorriu ao se aproximar do rapaz de cabelos loiros— o que é surpreendente já que estava completamente molhado.

Ele não respondeu, apenas a olhou com interesse vendo ela agir de forma confortável em relação a ele.

— Obrigado pelo guarda chuva, me serviu bem — disse após um tempo em silêncio.

— foi o destino ter me feito comprar dois naquele dia — bella sorriu.

— Não existe destino ou conhecidencia — Mikey sussurrou mantendo sua postura indiferente

— Pretender-se que a vida dos homens seja sempre dirigida pela razão é destruir toda a possibilidade de vida. — a garota diz com um sorriso alegre

— Guerra e Paz, Liev Tolstoi — Mikey respondeu ao olhar toda aquela animação.

— então o senhor caladão entende de livros — Bella sorriu e começou a rodopiar pela livraria como se estivesse dançando uma valsa.

— o que está fazendo? — ele pergunta

— Dançando  — respondeu ela — dançar sempre é um bom começo.

Mikey permaneceu parado a olhando se mover pela livraria sobre os olhares curiosos e divertidos dos demais, muitos a considerariam louca, mas sua alegria era tão verdadeira que contagiou a todos com sorrisos.

— então o que recomenda para encorajar a afeição? — o Sano perguntou divertido, imaginando que tipo de resposta uma leitora acirrada como ela daria.

— Dançar, mesmo que o parceiro em questão seja apenas tolerável— ela diz ao olhar ele de cima a baixo — ou apenas rabugento como um velho de noventa anos.

Mikey ergueu a sobrancelha e se surpreendeu assim que seus lábios curvaram para um sorriso.

— olha só, o ranzinza sabe rir — Bella diz com animação

Mikey arregalou os olhos voltando a sua postura fria e indiferente, ela era apenas uma contadora de história  e ele gostava do som da sua voz apenas isso.  Mikey sem dizer nenhuma  palavra apenas se virou para ir embora, mas Bella segurou sua mão o fazendo parar.

— Desculpa….eu não queria te ofender ou qualquer coisa do tipo, eu só queria te fazer dar um sorriso…. — O desespero e a culpa em seu olhar fez Mikey ponderar um momento, o calor das suas mãos era aconchegante assim como seu sorriso.

O Sano não disse nada e como forma de tentar consolar a garota, ergueu a mão até sua cabeça arfagando seus cabelos lentamente.

— está me consolando? — Bella sussurrou surpresa

Mikey não respondeu, em seus olhos havia um grande vazio inestimável, não possuía brilho, e era notório que ele se encontrava afundando cada vez mais nessa escuridão.

— suas mãos são leves —- bella sorriu ao fechar os olhos — o carinho é bom..

O Sano continuou em silêncio, e então se virou para ir embora da livraria

— Volte sempre senhor cliente — Bella sorriu ao se curvar, a garota levou a mão a cabeça sorrindo.

Ela gostou do carinho que recebeu.

[….]

Mikey entrou em casa, o silêncio ele nunca detestou tanto o silêncio.

Mas agora era apenas o que restava. Enquanto eu aceito a escuridão, seu isolamento se torna cerimônia

A concretização dessa idéia, aberrante do rebanho,desafia Deus
Eu vou ser um Deus sem cérebro, Apenas deixando o impulso dominar minha mente. Derrubando Deus, aqui nós vamos oferecer morte. Suas vozes incontáveis lá fora, sigam o som do meu aplauso, Vamos nos tornar escuridão e trazer, A morte mais perfeita.

Um brilho negro carregado de uma tristeza, um vazio infinito.

Eu vou envolver esse mundo em escuridão
A escuridão desse mundo
Começa hoje a noite

Ao abrir e fechar os olhos para retormar o fôlego, o cheiro de laranja cravo…o cheiro úmido da floresta seguido de um vermelho do destino.

O sorriso que aquecem como fogo ao atiçar com madeira e palha seca. O patriarca Sano estava em frente ao altar com incensos e velas onde estava o retrato de cada um que já se foi. Emma sua querida Neta, Shinichiro seu herdeiro e Izana, aquele que mesmo sem passar tanto tempo ainda considerava ele parte da família e merecia seu lugar no altar em honra a sua memória e como forma de pedir perdão por não te-lo amado como deveria.

A luz amarelo da  vela brilhou ao refletir o cabelo loiro de Mikey, o Sano se aproximou devagar de seu avô ao chegar. Mesmo com o sol lá fora, a casa parecia sempre tão escura e vazia…silenciosa.

— Vovô — Mikey o olhou e o patriarca ergueu um olhar — onde eu posso conseguir aqueles incensos que lembram florestas depois da chuva?

— Hm, seriam o cheiro de Chipré — o velho Sano respondeu — ele é uma mistura dos cheiros fortes e suaves depois de uma tempestade na floresta. Por que Manjiro?

Mikey se aproximou ainda mais  dele e fechou os olhos..

— preciso dele…esse cheiro me deixa calmo — mikey sussurrou.

— Na casa  de incesos vende, vou liga e pedir que entregue alguns do estoque — O velho sorriu.

Mikey acenou e se virou para sair mais então.

— Diga pra trazerem todos do estoque — Manjiro diz — Não se preocupe eu vou pagar….

eu só não quero que mais ninguém tenha esse cheiro “



My Little Prey - Mikey Kanto ManjiOnde histórias criam vida. Descubra agora