· Eleven.

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Estilingue

· Edmundo ·

  Dois anos e meio depois...

  Dois anos e meio que tínhamos voltado, sete dias depois de eu ter feito quatorze anos, mais uma semana de aula, Pedro ainda não havia lidado muito bem com o dilema de ser criança de novo, certo, ele está no último ano da escola, logo mais ira completar dezoito, mas ainda ara como se fossemos só jovens bobos.
  Pedi para meus irmãos irem para escola na frente, ia tocar a campainha da casa dos tios de Meri quando no mesmo instante o Sr Bernard apareceu de seu carro.

– Bom dia, Senhor. — cumprimentei.

– Bom dia, Pevensie. — respondeu em tom desdém, ele é idiota. – onde estão os outros três?

– Foram a frente, vim buscar Meri. — falei ríspido.

– Seu irmão irá completar a maior idade no fim do semestre do ano que vem, certo?

Assenti concordando.

– Ele irá se alistar para a guerra? — arqueou as sombrancelhas.

– Sim senhor.

– Ele é um bom rapaz, terá futuro brilhante. — disse e antes de abrir a porta e entrar virou-se para mim. – espero que você não seja diferente. — me lançou um olhar severo. – os lados dela da família causaram muito desgosto a quatorze anos atrás.

  Confirmei com a cabeça, não me impressionaria se falassem que neste momento raios saiam de meus olhos, porque tenho quase certeza que senti isso.

– O senhor pode ter certeza de que sou bom o suficiente para sua sobrinha. — respondi friamente. – não tem ideia do que faria por ela.

Ele deu de ombros com desdém.

– Todos falam isso no começo.

Dei uma risada contida e permaneci calado, ao entrar chamou por Meredith e seus filhos, Andy vinha com sua mochila, ao me ver deu um sorriso.

– Ed! — cumprimentou. – onde está a Lu?

Indiquei a esquina com a cabeça, ele correu até lá, seguido por Amy que não falou nada ao me ver, Meri foi a última a sair fechando a porta e me abraçando, retribui e lhe dei um sorriso.

– Bom dia, Princesinha. — falei estendendo o braço para andarmos juntos.

– Bom dia, meu Rei. — sussurou.

– O que há com Amy? Ela ainda tem aqueles sonhos? — perguntei preocupado.

  Ela mordeu o lábio inferior e me olhou com preocupação.

– Sim, ela disse que o tal rapaz que ela vem sonhando quase foi assassinado. — deu um suspiro pesado no fim. – acha que é mesmo Nárnia? Ela nunca disse sobre o lugar, mas, anão? Leão? Um castelo?

Assenti afirmando e coloquei a mão livre sobre a dela que estava segurando meu braço, não queria admitir que era Nárnia, nem sabia ao certo o que dizer para ajudá-la.
Me dói ver Meri preocupada ou angustiada, mas infelizmente é o que mais venho vendo desde que se mudou para a casa dos tios, tudo que queria era trazê-la para a minha casa e tirá-la daquele lugar, mas mesmo que pudesse fazer ela não aceitaria, falaria: não posso deixar meus primos com eles.
As coisas estavam cada vez piores por lá, mês passado Vincent a chamou de "criança bastarda" simplesmente porque ela quebrou uma xícara por acidente, fora todas as vezes que aquele velho dizia o quão a mãe de Meri era uma vergonha, ou que seu pai era um débil, as vezes (ou sempre) ele me lembra Jadis, mas na maioria das vezes me lembra Alastor, pai de Atlas (aquele idiota) e de Âmbar.
Andy estava com o Time de Baseball, cujo o qual conseguiu entrar uma semana antes das férias de verão, era batedor, muito bom por sinal, Susana e Amy estavam na banca, Lúcia e Pedro estavam fora de minha vista.

The Silver Age [02]Onde histórias criam vida. Descubra agora