— Adagas e uma Fogueira —
· Meredith ·
Chamei por Amélie que veio receosa.
– Prima, venha escolher um vestido, essas roupas de Londres não são lá muito boas para usar aqui, são quentes demais. — disse num sorriso.
– Tem certeza que podemos pegar?
– Ora, claro. — fiz careta. – isso tudo é meu e dos Pevensie, depois explico, prometo! — dou uma piscadela para ela.
Amy escolheu um vestido leve branco e azul, nessa altura os garotos já tinham subido deixando apenas nós, garotas na sala dos tesouros.
Só para não perder o costume, usei uma calça marrom terroso com suspensórios e uma blusa num tom de creme, agora sim, eu novamente, de volta aos velhos tempos!– Meri... — minha prima me olhava assustada.
– Com o tempo se acostuma com ela assim. — Susana riu.
– Pra mim é mais comum ver Meri vestida assim, mais... Mais natural. — Lúcia falou com um brilho nos olhos. – Su, lembra quando ela saiu da tenda assim pela primeira vez? quando chegamos ao acampamento de Aslam.
– É óbvio.
Dei um sorrisinho.
– Vocês deveriam usar! muito melhor de se mexer do que esses vestidos longos. — afirmei. – se bem que os vestidos de Nárnia são belíssimos... — resmunguei sorridente.
Fomos cada uma buscar suas armas, mas Amy ficou apenas olhando de longe, parecia "perdida" sem saber o que fazer.
– Amy! — Lúcia chamou. – pegue, é para você.
– O que eu vou fazer com um canivete? — perguntou pondo as mãos na cintura. – irmão errado Lu! Andy que tem jeito com essas coisas.
– Vai precisar aqui em Nárnia. — eu disse.
O canivete em questão era pequeno e sua capa de proteção era de bronze em forma de borboleta, havia só uma função: a lâmina; uma pequena faquinha afiada.
Em seguida achei num baú uma adaga, no punho uma desenho de colméia e ao começo da lâmina uma abelha entalhada, já a bainha era apenas couro comum costurado a um cinto, lembrei imediatamente de Amy e a entreguei, desta vez não disse nada, apenas afivelou seu cinto ao corpo.
Peguei minha espada a tirando da bainha e admirando-a, que saudade da minha espada, a luneta estava igualzinha a como me lembrava.
Nunca soube o que o Pai Natal quis dizer com "com ela enxerga mais do que se pensa" afinal, em todos estes anos era apenas numa luneta comum e normal, sem nenhuma função por trás.
Lúcia estava me balançando pelo braço quando tomei conta de mim, estava sonhando acordada praticamente, só restavamos nós duas lá embaixo.– Vamos, Meri! estão todos lá encima!
· Edmundo ·
Vi Lúcia e Meri saindo da sala dos tesouros, não conti o sorriso, ela estava com sua espada embanhada, um sorriso imenso no rosto, a luz no olhar de quando reinavamos.
Eu, Andy e Pedro tinhamos acendido a fogueira, o céu começava a dar indícios de escurecer e o ar mais gelado, começamos a cortar as maçãs e pôr num espeto, Andrew disse que não deveria ter um gosto tão diferente quanto maçãs caramelizadas, mas era mentira! O pirralho estava errado.
Nunca, em hipótese alguma, me prometa! prometa que nunca ira se torturar a comer maçãs assadas sem nenhum complemento, elas ficam murchas, sem gosto e quentes demais para serem comidas.
Tivemos de nos contendar com maçãs cruas e biscoitos da bolsa de Meri.– Hm, vocês ainda não nos contaram como conhecem este lugar. — Andrew bateu novamente na tecla, de novo.
– Bem, eu começo. — Meredith endireitou-se. – vamos do início; meus avós quando crianças acabaram entrando numa bagunça de viagens entre diversos mundos, num deles acabaram libertando uma bruxa terrível, Jadis. — senti um arrepio, esta mulher ainda faz parte dos meus piores pesadelos. Meri continuou a falar – e logo após chegaram aqui, em Nárnia, enfim, cortando pra quando conseguimos vir até aqui, na casa de vovô tem um guarda roupa que a madeira é descendente da árvore de proteção de Nárnia, nisso entramos lá dentro.
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The Silver Age [02]
FantasyApós os acontecimentos de The Golden Age, Meredith Amare-Kirke; Meri, e os Pevensie acabam voltando ao mundo em que nasceram, os cinco encontram dificuldades em se acostumar novamente com sua antiga casa. Meri vai morar com seus tios, para que poss...