Capítulo 7 | Demônio

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ELIZABETH

Ao acordar mal tive tempo de pensar muito; tomei um banho, fiz minhas necessidades matinais e sai de casa apenas com as coisas que iria precisar.

Já estava mais que decidida que iria até aquela bar. Em minha perspectiva, com toda certeza, eu iria conseguir algumas informações úteis sobre o que aconteceu com Kart e seus amigos.

Lentamente eu caminhava em direção a The Mermaid Inn. Me lembrei de uma vez que Kart havia me convidado para beber naquele lugar, mas pelo cansaço do trabalho acabei rejeitando.

Quem diria que depois de alguns messes, aqui estaria eu vindo atrás de informações sobre o mesmo.

O lugar era um bar, mas também servia refeições; era estranhamente acolhedor e calmante apesar de sua aparência rústica era bem cuidado. Havia messas de madeira e um balcão com várias bebidas em prateleiras.

Me mantive em pé por alguns segundos, esperando alguém vir me atender.

— O que gostaria de pedir? — Um rapaz de aparentemente 21 anos me questionou com um simpático sorriso nos lábios.

Suas mãos estavam ocupadas secando o interior de um copo de vidro, mas mesmo estando ocupado, seus olhos estavam vidrados nos meus.

Seus olhos cor âmbar me analisavam esperando ansiosamente por uma resposta. O garoto era bonito, mas jovem demais.

Sorri levemente retribuindo seu sorriso amigável.

— Na verdade, eu não vou pedir nada. Gostaria de falar com o gerente, se possível.

O garoto fechou os olhos e negou levemente, fazendo seus cabelos castanhos balançarem.

— Está olhando para ele, querida. — Sorriu.

Arregalei os olhos surpresa. Ele é tão jovem.

— Sinto muito pelo mal entendido. Há um mês atrás meu ex namorado veio aqui com três amigos dele e desde então ele desapareceu completamente... Você poderia pelo menos tentar reconhecer alguns deles? — O olhei suplicante enquanto ele terminava de limpar o copo.

O silêncio se instalou entre nós, e apenas era possível ouvir os barulhos dos outros clientes e dele colocando o copo na bancada.

Por alguns segundos me senti ansiosa pelo o que ele poderia responder. O seu silêncio me matava.

— Se tiver fotos deles, posso tentar ajudá-la.

Sorri grandemente para ele.

Um sorriso foi feito no canto da sua boca e sua cabeça entornou levemente para o lado.

Seus olhos ainda me analisavam, como se estivesse tentando me decifrar. Odiei a sensação e no fim acabei fazendo uma careta.

Peguei meu celular e procurei uma foto que tinha tirado deles quatro há alguns meses atrás. Aumentei o brilho do telefone e o mostrei para o garoto em minha frente.

Ele apertou os olhos e com as pontas dos dedos tocou duas vezes na tela, dando um zoom na imagem.

— Eu me lembro desse aqui. — Apontou para Marcel. — Ele bebeu demais e não queria sair do estabelecimento, já estávamos fechando, foi quando então que uma moça de cabelo preto apareceu e o levou junto com esse aqui.

Kart.

— E os outros dois? Você consegue reconhecer? — Questionei olhando em seus olhos.

— Eles foram embora uma hora antes.

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