Capítulo 11 | Problemas

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Pela manhã acordei cedo e fiz coisas pendentes que estava adiando há um tempo. Estava me ocupando tanto com coisas do trabalho e sobre as dicas que Maxim havia me dado que estava me esquecendo da minha própria casa e até mesmo do meu próprio bem estar.

Arrumei toda a casa e cuidei de mim mesma.

Agora com a mente comecei a pensar sobre o dia anterior. Em menos de vinte e quatro horas, Marcel havia morrido e eu havia sido acusada de ter o matado, em menos de uma hora fui liberada por conta de um russo maluco que ainda agrediu um policial e nem sequer foi questionado por isso.

Com certeza ele era alguma coisa grande e não era algo bom.
Ele não parecia usar drogas, mas eu não ficaria surpresa se ele comercializasse ou vendesse. Talvez ele esteja envolvido com algo a mais, isso com toda a certeza era algo exato de se afirmar.

Outra coisa que me veio a memória foi aquele enigma que ele havia dito ontem. Precisava ligar para ele para escrever pois já havia me esquecido quase por completo de suas palavras.

Alcancei meu celular na mesa e procurei seu número de telefone; toquei na tela colocando o telefone na orelha esperando resposta.

Com poucos toques a chamada foi atendida e então esperei pela resposta.

— Aposto que hoje será um excelente dia para mim; acordar com sua ligação é mais do que um bom dia, moya boginya. — Seu tom suave e com um toque de riso foram como um verdadeiro despertar para mim.

Sua voz estava mais rouca que o normal o que indicava que ele havia acabado de acordar.

Engoli em seco e ri levemente.

— Bom dia para você também. — Bati as pontas dos meus dedos na mesa. — Poderia repetir aquele enigma? Acabei esquecendo. — Olhei brevemente para o teto enquanto confessava.
Ouvi um breve riso seu e enquanto ainda esperava por uma resposta.

— Já está com a caneta e papel na mão? — Indagou calmamente.

— Ah. — Soltei. — Um momento. — Pedi enquanto me levantei rapidamente atrás de uma caneta e papel.

— Não se apresse, querida, tenho todo o tempo do mundo para você.

Neguei com a cabeça enquanto abria a gaveta do armário da TV. Peguei uma pequena caderneta e uma caneta velha que havia colocado lá dentro há alguns anos atrás.

Me sentei novamente e comecei a riscar o papel para testa a tinta.

— Você vai me deixar mal acostumada desse jeito. — Confessei. — Quando quiser mandar bala é só puxar o gatilho, Russão.

Ouvi uma risada anasalada e procurei me concentar.

— Espero que você se acostume logo então. — Suspirou. — Um início irritante, um homem galante. A espera de respostas me encontro em um restaurante. Um começo incomum, dois mortos em comum. Um culpado, uma lenda e o brilho de safira se mantém azul. — Sua fala foi calma e serena e ele mantia a frequência de sua fala devagar para eu poder conseguir anotar.

"E o brilho de safira se mantém azul."

Repeti na minha mente pensando em um possível significado.

— "Um inicio irritante." Você quer dizer o início de tudo? — Perguntei. — Sabe, quando nos conhecemos eu realmente estava irritada. — Cocei a nuca me lembrando da primeira vez que ouvi a voz dele pelo telefone.

Olhei para o texto na caderneta.

"A espera de respostas me encontro em um restaurante." " Um homem galante?

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