" 𝓐 𝓿𝓸𝔃 𝓭𝓮 𝓛𝓲𝓼𝓪 𝓮𝓻𝓪 𝓾𝓶𝓪 𝓭𝓪𝓼 𝓬𝓸𝓲𝓼𝓪𝓼 𝓶𝓪𝓲𝓼 𝓵𝓲𝓷𝓭𝓪𝓼 𝓭𝓸 𝓶𝓾𝓷𝓭𝓸."
𝗝𝗲𝗻𝗹𝗶𝘀𝗮 𝗚!𝗣
● Classificação +18
● Translated by: 𝗗𝗿𝗮𝘄𝗝𝗟
● A história não é minha. Trata-se de uma tradução. Todos os créditos nas nota...
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Acordei ofegante. Antes que eu pudesse me sentar, fui catapultada direto para a mãe de todos os flashbacks. Tinha a força e a vivacidade daqueles que tive logo após o assassinato do meu pai – completos com meu pai deitado em uma poça de sangue, seus olhos sem vida olhando para o teto. Agarrei os lençóis da cama e saí, aquele mesmo som estridente enchendo meu cérebro até que a realidade finalmente tomou conta e o mundo ao meu redor se esclareceu.
Alguns minutos depois, me inclinei sobre o vaso sanitário, com lágrimas nos olhos. — Por que? — Eu gemi, cheia de autopiedade, cheia da dor e da tristeza que as lembranças traziam.
Me levantei e entrei no chuveiro, trêmula, me recusando a passar o resto do dia na cama como eu queria agora, como fiz durante meses depois daquela noite.
O flashback com certeza matou a alegria que eu estava sentindo na noite passada.
Tomei um banho rápido e vesti meu maiô, shorts e regata. Por alguma razão, passar um tempo na pequena praia do lago em Briar Road me enchia de uma sensação particular de contentamento. Sim, eu tive aquele sonho com meu pai lá, mas apesar da tristeza ao sentir a falta dele, e do sonho trazendo isso à tona, eu acordei com um sentimento de esperança. Eu gostei de lá.
Saí de bicicleta, Kuma sentado na cesta da frente. A manhã estava clara e já esquentando. Era final de agosto – eu não tinha ideia de quando o tempo começou a mudar no Maine, mas por enquanto ainda parecia verão.
Virei na Briar Road, deixando minha bicicleta deslizar enquanto eu colocava as duas pernas para o lado. Tirei as mãos do guidão por alguns segundos e deixei minha bicicleta pedalar sozinha, batendo nas pequenas pedras da estrada de terra e rindo. Kuma latiu várias vezes como se dissesse: — Tenha cuidado, desmiolada.
— Eu sei, carga preciosa. Não vou nos matar, Kuma.
Quando cheguei ao lago, coloquei minha toalha e o refrigerador em meu lugar habitual e entrei na água fria, Kuma me observando da margem. A água estava deliciosa, batendo suavemente em minhas coxas enquanto eu avançava. Finalmente, mergulhei completamente e comecei a nadar, a água fluindo contra meu corpo como uma carícia fresca.
Ao me virar e voltar, ouvi um animal, provavelmente um cachorro grande, pensei, uivando como se estivesse em grande perigo. Kuma começou a latir animadamente, correndo de um lado para o outro ao longo da praia. Tirei meu corpo completamente da água e parei para ouvir, os uivos continuando à minha esquerda, na direção da propriedade de Lisa Manoban.
Eu me perguntei se a área cultivada dela possivelmente se estendia até esta pequena praia. Imaginei que poderia muito bem ser isso. Caminhei até a beira da floresta e quando empurrei alguns arbustos para o lado e semicerrei os olhos por entre as árvores, não consegui ver nada além de mais árvores. Mas, cerca de trinta metros adiante, vi um monte de arbustos de amoras. Respirei fundo, a excitação me enchendo.
