" 𝓐 𝓿𝓸𝔃 𝓭𝓮 𝓛𝓲𝓼𝓪 𝓮𝓻𝓪 𝓾𝓶𝓪 𝓭𝓪𝓼 𝓬𝓸𝓲𝓼𝓪𝓼 𝓶𝓪𝓲𝓼 𝓵𝓲𝓷𝓭𝓪𝓼 𝓭𝓸 𝓶𝓾𝓷𝓭𝓸."
𝗝𝗲𝗻𝗹𝗶𝘀𝗮 𝗚!𝗣
● Classificação +18
● Translated by: 𝗗𝗿𝗮𝘄𝗝𝗟
● A história não é minha. Trata-se de uma tradução. Todos os créditos nas nota...
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Lisa - sete anos atrás, maio
— Lisa! — minha mãe chamou, sua voz soando um pouco assustada. — Bebê onde você está?
Eu estava sentada debaixo da mesa da sala de jantar, a pesada toalha me escondendo enquanto eu me ajoelhava no chão com meus brinquedos.
Hesitei, mas quando minha mãe me chamou de novo, dessa vez parecendo mais preocupada, saí de debaixo da mesa e fui até ela. Não gostei de ouvir minha mãe assustada, mas também eu sabia que algo estava acontecendo e eu também estava com medo.
Minha mãe ficou sussurrando ao telefone a manhã toda e, durante a última meia hora, ela esteve lá em cima enfiando roupas e outras coisas em malas.
Foi então que me escondi debaixo da mesa e esperei para ver o que aconteceria a seguir.
Eu sabia que o que quer que estivesse acontecendo estava acontecendo porque meu pai tinha chegado em casa ontem à noite, novamente cheirando como o perfume de alguma outra senhora e deu um tapa na cara da minha mãe quando ela disse que o jantar dele já estava frio.
Tive a sensação de que minha mãe finalmente estava farta de tudo isso. E se eu tivesse que adivinhar com quem ela estava falando ao telefone, diria que era o tio Marco.
Minha mãe virou a esquina da sala de jantar no momento em que eu estava saindo de debaixo da mesa e soltou um suspiro alto. — Lisa, querida — disse ela, colocando as mãos em meu rosto e se abaixando para que seus olhos ficassem bem na frente dos meus. — Você me preocupou.
— Desculpe, mamãe.
Seu rosto ficou suave e ela sorriu para mim e afastou o cabelo da minha testa. — Está tudo bem, mas preciso que você faça algo por mim e é muito importante. Você acha que pode ouvir e fazer o que eu digo e não fazer perguntas por agora?
Eu balancei a cabeça.
— Ok, isso é bom. — Ela sorriu, mas depois desapareceu e o olhar preocupado voltou aos seus olhos. — Nós vamos embora, Lisa – eu, você e seu... tio Marco. Eu sei que isso provavelmente é um pouco confuso para você agora, e tenho certeza que você tem dúvidas sobre seu pai, mas–
— Eu quero ir — eu disse, ficando mais ereta. — Não quero mais morar com ele.
Minha mãe apenas olhou para meu rosto por alguns segundos, com os lábios pressionados. Ela respirou fundo e passou a mão no meu cabelo novamente. Lágrimas vieram aos seus olhos. — Eu não tenho sido uma boa mãe — ela disse e balançou a cabeça para frente e para trás.
— Você é uma boa mãe! — Eu disse. — Você é a melhor mãe do mundo. Mas eu quero morar com o tio Marco. Não quero mais que meu pai bata em você ou faça você chorar.
