✧ Capítulo 35 - 𝓐𝓶𝓸𝓻

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Jennie Kim

A cidade inteira se reuniu para homenagear Lalisa Manoban

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A cidade inteira se reuniu para homenagear Lalisa Manoban.

A população de Pelion, jovens e idosos, uniu-se para mostrar o seu apoio à mulher que era uma parte tranquila da sua comunidade desde o dia em que nasceu. A sua ferida silenciosa, o seu isolamento despercebido, agora compreendido por todos, e finalmente, o seu coração gentil e seu ato de bravura, inspiraram lojas a fechar, até mesmo aqueles que raramente saíam de suas casas foram se juntar aos outros cidadãos na maior demonstração de apoio à cidade que todos já tinham visto. Uma pequena e silenciosa estrela, sempre na periferia, quase imperceptível antes, brilhou tanto que toda a cidade parou para contemplar seu brilho, para finalmente abrir os olhos o suficiente para recebê-la como parte de sua pequena constelação.

Ouvi repetidas vezes que a minha história e a de Lisa fizeram as pessoas quererem ser melhores, alcançar aqueles que ninguém mais via, ser amigas dos que não tinham amigos, olhar para os outros mais de perto e reconhecer a dor quando a encontravam e então fazer algo a respeito, se pudessem.

Entrei naquele dia frio de fevereiro, Maggie em um braço e Norm no outro, e nos sentamos enquanto as pessoas sorriam gentilmente para mim e balançavam a cabeça. Eu sorri e acenei de volta. Esta agora também era minha comunidade. Eu também fazia parte da constelação.

Lá fora, a chuva tinha acabado de começar a cair e ouvi um trovão ao longe. Eu não estava com medo, no entanto. Quando vier uma tempestade, eu disse a ela, pensarei em você, e não em qualquer outra coisa além de você. E eu sempre farei isso. Sempre.

Lisa já havia partido uma vez — três longos meses em que eu sentia a falta dela desesperadamente todos os dias. Desta vez ela ficou longe de mim por três semanas inteiras antes de voltar. Ela estava em coma profundo e os médicos não sabiam me dizer quando achavam que ela poderia acordar, ou se ela iria acordar. Mas eu esperei. Eu sempre esperaria. E eu rezei e sussurrei para os céus todas as noites, volte para mim, volte para mim, volte para mim.

Em outro dia chuvoso no final de janeiro, no momento em que o trovão ressoava e os relâmpagos brilhavam em seu quarto de hospital, ela abriu os olhos e olhou para mim. Meu próprio coração trovejou em meus ouvidos, mais alto do que do lado de fora da janela, e eu pulei da cadeira em que eu estava sentada e corri para o lado dela, sufocando: — Você está de volta.— Peguei nas mãos dela e as levei aos meus lábios, beijando-as uma e outra vez, as minhas lágrimas caindo sobre os seus dedos, os nós dos seus dedos, aquelas mãos lindas que seguravam toda uma linguagem, que me permitiam saber o que se passava em sua mente e no seu coração. Eu amo aquelas mãos. Eu a amava. Minhas lágrimas continuaram a cair.

Ela olhou para mim por vários minutos antes de tirar as mãos das minhas e sinalizar lentamente, seus dedos se movendo rigidamente, 👋 Estou de volta para você.

❥ 𝓐 𝓥𝓸𝔃 𝓭𝓮 𝓛𝓲𝓼𝓪 | 𝕵𝖊𝖓𝖑𝖎𝖘𝖆Onde histórias criam vida. Descubra agora