Capítulo VII - Electric Touch

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Capítulo VII - Electric Touch

Alex

   Na quarta-feira de manhã, eu estava - mais uma vez - durante o intervalo de aulas sentado de forma relaxada, ou seja, as pernas para cima de um dos braços, em uma das cadeiras da sala da minha mãe. Eu estava ali para reclamar do incompetente do professor de geografia, e que minha mãe deveria contratar um novo urgentemente.

   — Alexander, por favor, eu já disse que estou procurando um novo, mas não é fácil, sabia? Agora faz um favor para mim, vai chamar sua irmã.

   — Eu sei que você só tá me mandando chamar ela pra eu sair daqui, mas vou de qualquer maneira.

   A mais velha nem respondeu, só continuou mexendo na papelada em cima da mesa. Saí da sala, andando tranquilamente pelos corredores até o refeitório.

   Encontrei June sentada numa mesa junto com Nora, Henry e Percy. Me pergunto como esses últimos dois são amigos. Pez brilha, chama atenção e conhece todo mundo. O loiro é totalmente calado e na dele.

   Me sentei na mesa ao lado de minha irmã, roubando uma bolacha do pacote que ela estava comendo.


   — Hm — comecei, ainda mastigando a bolacha — a mãe tá te chamando lá na sala dela.

   — Pra que? — a morena perguntou, afastando o pacote de perto de mim.

   — Sei lá. Acho que ela só queria me tirar de lá porque eu tava falando mal do professor de geografia — alcancei o pacote de qualquer maneira, e roubei mais uma bolacha.

   — De novo, Alex? — pegou o pacote de volta, entregando para Nora para que eu não pudesse pegar novamente.

   — Sim. De qualquer forma, acho melhor você ir, vai que é importante mesmo — a morena suspirou, mas se levantou, se despedindo de todos ali na mesa e indo em direção à sala da nossa mãe, levando o pacote de bolacha consigo.

   — Seu cabelo não estava rosa? — perguntei diretamente para Pez, que se encontrava com o cabelo novamente preto.

   — Era sim. Saudades, viu? Logo logo ele volta — disse com uma voz melancólica, mas com certeza irônica.

   — Tirou por que? Era legal.

   — Reunião com pessoas importantes, coisas dos negócios do meu pai.

   — Saquei — me levantei para ir embora — bom, vou indo nessa. Falou! — saí andando pela escola novamente, sem muito objetivo.

[...]

Henry

   De tarde, depois da aula e do intervalo onde Alex, DO NADA, sentou na mesa com a gente por alguns minutos e  conversou com Pez, voltei pra casa tranquilamente.

   Joguei minha mochila num canto ao lado da porta e parei no batente da minha irmã. A ruiva estava com um violão no colo e mexendo no computador aberto em sua frente, provavelmente procurando a cifra de alguma nova música para aprender.

   Esperei que ela me reparasse que eu estava ali, em vez de chamar sua atenção. Sempre foi assim, Beatrice tira as informações de mim que quero falar mas não sei como.

   — Hen? O que foi? — levantou a cabeça, me encarando com certa preocupação.

   — Preciso de ajuda. Eu... eu queria mandar uma mensagem pro Alex. Sei lá. Chamar ele para tomar um sorvete? — entrei no quarto, ainda com o celular na mão. Bea deixou o violão apoiado na cama e se ajeitou, se virando para onde eu ia sentar.

Labyrinth - FirstprinceOnde histórias criam vida. Descubra agora