Capítulo X - You Are In Love
Henry
— Bea!
Fechei a porta logo depois de ver que o elevador estava descendo, e saí correndo atrás da minha irmã pela casa.
Ontem eu estava com tanto sono que pensei que tivesse sonhado ter pedido para dormir abraçado com o Alex. Acontece que ter acordado nos braços dele fez a realidade vir com tudo. E o que mais me deixou abismado foi que o moreno pareceu nem ligar para a proximidade; na verdade, ele até pareceu aproveitar, ainda mais quando beijou minha bochecha como despedida. E, meu Deus, foi algo tão besta, mas pareceu que todos os meus órgãos estavam tentando mudar de lugar.
E eu não deveria sentir nada. Ele é um amigo, e irmão da minha melhor amiga. E ele é tão lindo e tão talentoso, e eu com certeza não mereço ele; mas ainda assim ele pareceu gostar da nossa proximidade, e eu estou tão confuso com tudo isso. E eu nem posso ter sentido nada, porque isso nem faz sentido. Mas eu senti.
E é por isso que eu preciso urgentemente do conselho da minha irmã.
— Hen? O que foi? — perguntou ao me ver entrar no quarto. Sentamos na cama e eu explique tudo para ela, tudo o que aconteceu e minha confusão — Meu anjo, por que você acha que não pode sentir isso? — ela perguntou eventualmente.
— Porque o Alex brilha, Bea. Ele tem tantos amigos, é bom em tudo que e faz, e devem ter tantas pessoas, tantas meninas lindas e incríveis que dariam tudo a ele. Alguém tão instável e sem graça como eu o puxaria para baixo.
— Sem graça? Hen, você é lindo e tão inteligente. E, além de tudo, você se importa com os outros. Só queria que se importasse um pouco mais consigo mesmo... E, Henry, lembra que ele não é o Jacob.
[...]
E o que mais me chocou foi que, dois dias depois, na segunda-feira, ele veio atrás de mim.
No intervalo, eu estava sentado com Pez, June e Nora no refeitório quando Alex chegou. Ele cumprimentou a irmã e deixou um selar no topo de sua cabeça. Deu um rápido "oi" para Pez e Nora enquanto vinha para se sentar ao meu lado. Beijou minha bochecha e passou um braço pelos meus ombros. Vi Percy me encarar com uma feição sugestiva, e Nora fez o mesmo com Alex. June, por outro lado, encarava toda a situação confusa, e até desconfortável.
— Bom dia, Hen — disse enquanto roubava uma uva do pote da irmã. Fiquei tão chocado com tudo aquilo que nem tive reação, apenas continuei tomando meu suco, nervoso com a proximidade.— Hm.. oi
— Então... — Pez começou, e eu já sabia o que estava por vir; lancei um olhar sério na tentativa de fazê-lo ficar calado, mas fui prontamente ignorado quando ele respondeu com um sorriso sacana — o que vocês fizeram esse fim de semana? Henry me disse que você estava lá na casa dele na sexta, Alex.
— Ah é. Fomos no parque, na sexta. Subimos para assistir um filme e quando acabou estava chovendo, aí eu acabei dormindo lá.
— Você participou da noite de filmes? Uau. Haz disse que em dois anos de tradição, nunca ninguém que não fosse da família tinha participado. Você acredita que na semana passada ele-
— Pez, chega! — o impedi de continuar com o tom sugestivo que estava fortemente me incomodando. Por sorte, o sinal que indica o fim do intervalo tocou. Me levantei rapidamente, soltando o braço do moreno e saí andando, sem olhar para trás nem mesmo quando escutei Alex me chamar.
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Labyrinth - Firstprince
RomanceQuando Henry e sua família se mudam para Nova Iorque em busca de novos horizontes, o loiro se pega constantemente lembrando dos momentos vividos em Londres. A saudade, apesar de ser grande, não atrapalha seu cotidiano, nem quando seu novo amigo deci...