𝓐fter

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Terça-feira, três e quarenta da tarde

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Terça-feira, três e quarenta da tarde. Os números que me avisavam sobre o tempo no display do multimídia do meu carro me assombravam. Eu o parei na vaga mais distante do prédio onde Leslie me aguardava para mais uma sessão.

O dia estava excessivamente nublado em Los Angeles, o que me levava a acreditar que o céu se abriria sobre nós ainda hoje. Talvez a chuva esteja acompanhando minhas lágrimas, minha cabeça idiota pontua.

Eu suspiro, encarando os três comprimidos entre meus dedos molhados e trêmulos.

O maior deles, é para tentar controlar minha ansiedade desenfreada; o mediano, se supunha que reverteria a minha depressão; e o menor, me ajudava com a porra dos meus ataques de pânico.

Sim, eu estou tendo um agora.

Mais um.

A noite anterior foi conturbada e eu não pude pregar os olhos. Me sentia derrotada, cansada, e as bolsas da insônia alojadas em meu rosto me faziam ter a aparência de um zombie do set de The Walking Dead. Não cortava meus cabelos há semanas, eu não me preocupava em mantê-lo aparado e não pensava antes de vestir as roupas do dia.

O interior luxuoso do meu carro nunca foi tão pequeno e eu me sinto presa nas ferragens.

Respire, respire.

Sem pensar muito, eu virei os remédios na boca e engoli, no seco. O alarme do meu celular tocou pela décima vez, me avisando de novo que eu estava atrasada para a terapia.

Merda.

O som era irritante e invadia a minha cabeça como tiros de canhão. Que inferno. Quando peguei o aparelho para desativar o aviso sonoro, ele vibrou em minhas mãos.


Leslie Ridley: Eu consigo ver seu carro daqui. Desça, Heather. Vamos conversar.

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Malditos prédios envidraçados, foi o que pensei. Eu odiava todas essas construções atuais que faziam todas as vidas que os rodeassem de reféns. Eu não quero ser sua refém.

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