𝓑𝓲𝓽𝓽𝓮𝓻𝓼𝓾𝓲𝓽𝓮

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Minha pulsação martelava dentro da minha cabeça

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Minha pulsação martelava dentro da minha cabeça. Cada batida parecia ligada em um amplificador, na potência máxima. Eu não conseguia ouvir Connor. Ele falava há alguns minutos, era uma espécie de monólogo. Eu não conseguia ouvir. Sua voz parecia distorcida e suja para mim. Meus olhos se moviam de um lado para o outro, acompanhando sua inquietação, mas eu não estava ali.

De lá para cá. Daqui para lá. O loiro parecia não controlar seus pés.

Travis estava paralisado ao meu lado. Nós dois estávamos sentados à mesa da minha sala de jantar, enfiados nessas malditas cadeiras como se estivéssemos em um velório. Não havia nenhuma sombra de reação em nenhum de nós dois.

— Vocês entendem isso? — o tom de voz do loiro subiu e meu ouvidos estalaram. Como se eles estivessem cheios d'água e, de repente, se esvaziassem — Vocês entendem que estão ferrando com a nossa única chance de viver pelo que lutamos por anos? — suas cordas vocais estavam saltando em seu pescoço. Ele olhava diretamente para mim.

— O que você quer que a gente diga, Connor? — Travis cochichou, eu enrijeci. Não rebata, minha mente implorou.

— Eu não quero que você — Specter apontou para o nosso baterista — me diga nada. Eu tentei conversar com você ontem, não foi? Eu falei com você ontem, Travis — ele enfatizou o "ontem" e as pernas de Travis começaram um balanço. Ele estava ficando ansioso — Meu papo agora é com ela — apontou para mim. Eu retribuo o seu olhar, por mais envergonhada que eu estivesse. Eu retribuo e eu o mantenho.

O que você quer que eu diga?

— Você quer que eu admita que ferrei com tudo? Eu ferrei com tudo, Connor — não dou tempo para ele me responder. Eu não preciso da sua acusação — Você acha que eu não sei disso? Você acha que eu não me arrependo disso? — eu estou tão cansada. As pernas de Travis não paravam quietas.

Connor era um homem grande. Era alto, com uma puta envergadura e músculos desenvolvidos. Ele poderia botar medo em qualquer um com que esbarrasse na rua. Eu nunca tive medo dele, não dos seus músculos. Isso nunca me botou medo, nem um pouco. A única coisa que me botava medo era seu desapontamento. Eu nunca achei que saberia lidar com a sua desilusão. E eu estava certa.

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