𝐎𝐍𝐄 𝐎𝐅 𝐓𝐇𝐄 𝐆𝐈𝐑𝐋𝐒 ; Geto Suguru

1.0

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Alguns personagens terão comportamentos que não se enquadram com a obra original do anime, isso não significa que eu apoie ou esteja tentando romantizar certos tipos de comportamentos, é apenas para o desenvolvimento da história
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Tw: Violência doméstica

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T R Ê S
A N O S
Depois
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   Você se lembrava com quase todos os detalhes de tudo o que aconteceu depois que Geto foi embora naquela noite, você voltou para o apartamento e chorou durante horas enquanto Toji apenas lhe escutava, depois daquilo as visitas dele começaram a ser mais frequentes em seu apartamento, ele era alguém mais centrado na própria vida, alguém que lhe trazia segurança, era fácil se sentir bem ao lado do homem, quase como se não precisasse pensar muito sobre a própria existência já que ele fazia questão de se preocupar com você, de cuidar de tudo, sua única e maior responsabilidade era cuidar dos manuscritos para que estivessem prontos a tempo, com o passar dos meses Toji ficou cada vez mais e mais por dentro de todo o seu processo criativo e não demorou muito para que as histórias se tornassem virais no Japão por inteiro e em alguns outros países do Ocidente.

   Toji sabia cuidar bem de você, sabia como lidar com os seus surtos e suas crises, não demorou muito para que aos poucos Geto fosse deixando sua mente pouco a pouco e apenas a voz de Toji se fizesse presente ali, as vezes era fácil até esquecer de Nanami quando estava com ele, ele sempre fez questão que você pensasse unicamente nele, quando menos percebeu estava engajada em um relacionamento com o homem alto e de cabelos curtos, era bom estar ao lado dele, quando percebeu era fácil sair de casa, quando percebeu estava falando com outras pessoas e dando risada, quando percebeu Toji estava ajoelhado na sua frente segurando uma caixinha preta e aveludada com um anel tão brilhante que poderia iluminar Tokyo inteira.

Sentiu que seu coração nunca havia batido tão rápido em toda sua vida ao ver o anel tão brilhante quanto o sol rente aos seus olhos, foi quase que automático quando os diversos "sim, sim, sim" escapavam de maneira frenética de seus lábios e corria para os braços de Toji, sentia que estava novamente viva.

   Ele fazia com que você se sentisse viva.

   Fazia com que você sentisse tudo o que não sentiu por tudo.

   Era o seu ponto seguro.

   Então era extremamente confuso para você naquele momento que se encontrava, você se sentia em meio a um estado catatônico enquanto empurrava mais a bolsa de gelo contra a maça de sua bochecha que parecia sensível demais ao toque, seus olhos presos em um canto fixo onde Toji havia largado a pasta do trabalho e deixado a casa onde vocês moravam juntos para espairecer um pouco.

   Nem você mesma entendia o que havia acabado de acontecer, mas de certo modo sabia que era sua culpa — novamente —, sabia muito bem o quanto ele ficava irado quando você insistia em perguntar pela décima vez na semana quem era a mulher nova do trabalho com quem ele passava horas conversando por mensagem, você sabia que ele odiava quando não confiava nele.

   — Sua burra.

   Sussurrou para si mesma enquanto empurrava mais a bolsa de gelo contra seu rosto, puxou as pernas para o sofá macio se encolhendo ali, as vezes sentia falta de viver sozinha mas apenas pensar na possibilidade de ficar sem Toji fazia com o que seu coração doesse, não conseguia ficar sem ele, sabia muito bem que nunca encontraria alguém igual, alguém que lhe transmitisse tanta paz, ele poderia ter os problemas dele mas mesmo assim você se sentia em paz com ele.

   Afastou a bolsa de gelo de seu rosto rapidamente se levantando quase que de automático ao escutar a porta principal da casa se abrir, seus olhos se encontraram com os de Toji que tinha uma feição culpada no rosto bonito, ele tinha uma das mãos nas costas enquanto se aproximava de você em passos vacilantes.

   — Como você está meu, amor? — ele indagou com a voz vacilante ficando de frente para você, levou uma das mãos em direção ao seu rosto, você os fechou na mesma hora os abrindo novamente ao sentir o polegar dele acariciando sua bochecha machucada com cuidado — Machucou bem feio dessa vez, me desculpe, amor, mas eu já te falei tantas vezes para não continuar a discussão e quando eu estou irritado, odeio te machucar desse jeito.

   Ele disse com a voz suave enquanto continuava acariciando sua bochecha de modo suave, você engoliu em seco o encarando ali, seus olhos marejaram de leve antes de concordar com a cabeça devagar.

   — Eu sei, me desculpa.

   Você sussurrou, ele abriu um sorriso curtos nos lábios e negou com a cabeça.

   — Não precisa se desculpar — ele disse de modo carinhoso enquanto se afastava devagar mostrando um buquê de flores de lírios que tinha em sua mão direita —, trouxe para você.

   — Amor, são lindas.

   Você exclamou de maneira surpresa, ele soltou um riso suave, você sorriu de maneira fraca enquanto colocava o buquê de flores sobre a mesinha pequena de centro, seus olhos se encontraram com os de Toji, ele segurou seu rosto com as duas mãos.

   — Você sabe o quanto você é importante pra mim, né? Não me faça fazer isso novamente.

   Ele sussurrou olhando no fundo de seus olhos, você engoliu em seco o encarando de volta, sentia um tremor em seu corpo, um nó se formando em sua garganta, as vezes sentia que no fundo tinha medo de Toji, mas não era como se quisesse aceitar aquilo, ele era única pessoa que verdadeiramente lhe entendia. Um sorriso fraco surgiu em seus lábios, você concordou com a cabeça devagar.

   — Obrigada por se preocupar comigo.

   Você sussurrou e ele sorriu antes de curvar o corpo sobre o seu deixando um selar suave sobre sua testa.

   — O que acha de sairmos para jantar?

   Ele indagou com a voz baixa e por algum motivo uma sensação ruim tomou conta de seu peito, encolheu os ombros antes de negar com a cabeça devagar. Apenas o pensamento de deixar a casa fazia com que uma ansiedade tomasse conta de seu estômago, mesmo que depois de conhecer Toji houvesse voltado a frequentar a parte de fora do mundo, aquilo começava a parecer voltar para os seus pensamentos.

   E se eu não conseguir esconder o machucado direito com maquiagem?

   Aqueles pensamentos passavam regularmente por sua mente, não queria que Toji fosse prejudicado.

   Não queria que ele fosse prejudicado por algo que fosse sua culpa.

   — Na verdade podemos ficar em casa hoje?

   Indagou com cuidado e ele sorriu antes de concordar com a cabeça devagar e deixar a sala para ir a cozinha preparar algo.

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   GENTE A CAPA LINDA QUE A olimpia_valdez FEZ PRA MIM