2.0

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   A noite já havia caído quando vocês se recolheram ao quarto do pequeno hotel próximo à praia. As ondas quebravam suavemente na areia do lado de fora, em um som suave fazendo com que sua mente se acalmasse nem que fosse ao menos um pouco do dia agitado que havia tido, você suspirou de maneira pesada se encolhendo mais contra a cama macia se afundando mais contra os braços de Geto, quase como se implorasse por mais contato.

   O homem soltou um riso baixo enquanto lhe acolhia mais contra seu próprio corpo apertando os braços grandes ao seu redor. Você sorriu de maneira boba esfregando o rosto contra o pescoço do homem sentindo seu cheiro ali.

   — É muito doido né?

   Você sussurrou com a voz baixa.

   — O que?

  Geto perguntou com a voz baixa enquanto afundava os dedos longos contra os fios macios de seu cabelo os acariciando com cuidado fazendo com que você quase fechasse os olhos.

   — Pensar que a cinco anos atrás eu estava te contratando como garoto de programa porque não conseguia sair de casa... e agora estamos aqui.

   Disse por entre um riso suave fazendo com que o corpo de Geto chacoalhasse em uma risada quase que explosiva, ele negou com a cabeça devagar, apertou mais o seu corpo contra o dele.

   — Céus, sim... sua pervertida.

   — Ah, cale a boca, eu precisava de inspiração para escrever.

   Geto ficou em silêncio por uma fração de segundos.

   — Mentira que foi esse o motivo.

   — Foi, Domme_Sugar.

   Você disse tirando sarro fazendo com que ele fechasse os olhos com força em arrependimento quase como se sentisse dor física ao ouvir aquelas palavras, um riso alto escapou de seus lábios, ele bufou.

   — Eu tinha esquecido totalmente disso, nossa... senti até um frio na minha espinha agora.

   — Na época eu achava atraente.

   Você disse em tom de brincadeira arqueando uma das sobrancelhas, os olhos de Geto presos aos seus, ele sorriu.

   — Vamos lá, você achava tudo o que me envolvia atraente.

   — Sim, Domme_Sugar.

   — Eu vou te empurrar da cama.

   — Me desculpe, Domme_Sugar.

   Você disse sem conseguir conter o riso ao o que Geto lhe apertou, juntando seus lábios em um beijo propositalmente molhado demais que você tentou escapar de qualquer jeito, ele riu baixinho lhe soltando devagar enquanto você sentia sua barriga doer de tanto rir, seus olhos se encontraram novamente.

   — Você pensa muito nessa época?

   Geto perguntou com a voz baixa, você assentiu devagar.

   — Penso muito, você pode não ter ideia mas me ajudou muito, Geto, eu estava me recuperando de coisas muito ruins e você... chegou quando eu mais precisava.

   Geto lhe fitou ali, ele entreabriu os lábios devagar, um sussurro baixo se fazendo presente.

   — Aquele anel que ficava no seu colar?

   Ele indagou com a voz baixa, vacilante, quase como se tivesse medo que falasse algo errado, se lembrava de quando leu os prontuários médicos dela, sobre um noivo que havia falecido. Você o encarou ali, piscou devagar antes de prensar os lábios, o coração acelerado.

𝐎𝐍𝐄 𝐎𝐅 𝐓𝐇𝐄 𝐆𝐈𝐑𝐋𝐒 ; Geto SuguruOnde histórias criam vida. Descubra agora