CAP 035

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YASMIN BARBOSA 🥀

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Minha cabeça doía, não só a cabeça como o corpo todo, não conseguia levantar.

Quando lembrei do que aconteceu comecei a chorar, não estava mais escuro e estava em outro lugar. Eu tirei forças e me levantei, estava sem meus shorts e ali percebi o que tinha acontecido.

Como eu fui deixar isso acontecer comigo. Por que comigo?

Senti uma mistura de raiva e vergonha enquanto tentava me recompor. Olhei ao redor, buscando qualquer sinal de Maria. Badá tinha ido longe demais, mas minha determinação em protegê-la só aumentou.

- Badá vai pagar por isso. - Sussurrei para mim mesma, secando as lágrimas.

A dor era intensa, mas não podia me deixar abater. Encontrei um lençol velho e me envolvi, tentando recuperar um pouco da dignidade perdida.

- Não vou desistir, Maria. - Prometi a mim mesma, enquanto me preparava para enfrentar o que quer que viesse a seguir.

De pé, cambaleante, comecei a explorar o local onde estava, buscando pistas ou uma saída. A esperança de encontrar Maria e escapar dessa situação sombria impulsionava cada passo.

As feridas físicas eram visíveis, mas a chama da resistência queimava mais forte do que nunca. Ouvi passos chegando, então voltei pra onde estava quase caindo e lá fiquei.

A porta se abriu, um homem apareceu, com um fuzil nas mãos e a cara fechada.

- Bora levanta. - Falou todo grosso. Como estava com a camisa do Braga, ela parecia um vestido, curto, porém fui assim mesmo

Andei com um pouco de dificuldade.

- Quem é você? Onde está Maria? - Perguntei, tentando esconder o medo.

O homem apenas me encarou com desdém.

- Você é a namoradinha do Braga né? Badá pediu pra te trazer até ele.

Respirei fundo, tentando manter a coragem.

- Não vou a lugar nenhum sem saber onde está Maria. - Afirmei com determinação, ignorando a dor.

O homem soltou uma risada sarcástica.

- Você não tá em posição de fazer exigências. Agora anda logo.

Com relutância, segui o homem pelos corredores sombrios, procurando qualquer pista sobre o paradeiro de Maria. Cada passo era uma luta contra a dor e o desespero.

Silêncio. Nenhuma resposta. A incerteza me corroía por dentro.

Finalmente, chegamos a uma sala escura onde Badá estava sentado em uma cadeira, com um sorriso cruel no rosto.

- Olha só quem resolveu aparecer. - Disse ele, olhando para mim com desdém.

- Onde está Maria? - Insisti, minha voz tremendo, mas firme.

Badá apenas riu, aumentando minha agonia.

- Você vai descobrir, mas antes... - Ele fez uma pausa dramática. - ...temos alguns assuntos para resolver.

- Você acha que vai sair impune depois do que fez? - Gritei, tentando conter a raiva.

Badá se levantou lentamente, caminhando na minha direção com um sorriso sinistro.

- Impune? Querida, você está em meu território agora. As regras são diferentes aqui. - Ele zombou, olhando para mim como se eu fosse presa fácil.

- Não vou permitir que continue com isso. Onde está Maria? - insisti, ignorando a dor que pulsava em meu corpo.

Badá apenas riu novamente e acenou para seus capangas, que trouxeram Maria para a sala. Ela estava visivelmente abalada, mas seus olhos se iluminaram ao me ver.

- Yasmin! - Ela exclamou, tentando se aproximar, mas sendo contida pelos capangas.

- Calma, querida. - Badá disse, segurando-a pelo braço. - Vamos resolver isso de uma vez por todas.

A tensão no ar era palpável enquanto Badá circulava pela sala, examinando-nos como se fôssemos peças em seu jogo cruel.

- Vocês têm duas opções: aceitam servir a mim e fazerem parte do meu império, ou... bem, as consequências não serão agradáveis. - Ele sorriu de maneira sádica.

- Nunca vou me submeter a você! - Maria exclamou, com determinação.

Badá riu mais uma vez, como se estivesse se divertindo com nossa resistência.

- Veremos quanto tempo isso vai durar. - Ele se aproximou, encarando-nos com olhos frios. - Levem-as para se lavarem! - Ordenou.......

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