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O ensaio ocorreu tudo bem, antes que eu me desse conta eu olhava para Bento tocando e acabei me lembrando que ele ficou com seu corpo centímetros de distância para me ajudar com os pratos.

Sorri fraco devido os pensamentos que tive e me afastei da porta da garagem para não atrapalhar eles, fui até a cozinha e olhei a hora no grande relógio de parede, decidi olhar se tinha algo para almoçarmos, porém não havia, então retirei o frango do congelador deixando sobre a pia para descongelar.

Após algumas horas, eu estava fazendo Strogonoff quando os meninos apareceram na cozinha conversando.

Dinho: Que cheiro gostoso - Falou vindo para meu lado para ver o que eu fazia. - Deve estar uma delícia.

— Já já ficará pronto, o arroz já está escorrendo.

Falei olhando para ele deixando a panela no fogão um pouco de lado.

— Só não tem batata palha.

Olhei para os meninos.

Sérgio: Não tem problemas, Samuel vai comprar. - Sorriu.

Samuel: Por que eu? Mas eu nem tenho dinheiro.

Sérgio: Porque eu estou mandando. Agora vai.

Mexeu em seus bolso até tirar uma nota de vinte reais. Samuel revirou os olhos e pegou o dinheiro.

Júlio: Eu vou junto.

Ambos saíram para comprar a batata palha e eu voltei minha atenção para o fogo, desliguei o mesmo e olhei para Dinho.

— Monte a mesa, eu já fiz o almoço..você também irá lavar os pratos.

Dinho: Não sei pra que fui falar do cheiro.

Falou se lamentando, eu dei um tapa fraco em seu braço e olhei para os meninos novamente.

— Vocês tocaram muito bem, vocês tem alguma música autoral?

Sérgio: Não, fazemos apenas cover de outros cantores.

Dinho: Mas vamos ter.

Complementou e sorriu enquanto colocava os pratos na mesa.

Bento: Não vai ser fácil fazer música para chamar de nossa.

— Vocês conseguem! Eu confio no potencial de vocês.

Eu amava a carisma e a energia da garota, não tínhamos tantas condições de investir no grupo, que é algo que todos querem, eu acho

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Eu amava a carisma e a energia da garota, não tínhamos tantas condições de investir no grupo, que é algo que todos querem, eu acho. Mas com a energia dela e suas palavras de motivação me faz acreditar que tudo é possível.

Dani: Mas não tenham pressa, a pressa é inimiga da perfeição. Continue fazendo shows na praça, uma hora ou outra vocês iram ganhar dinheiro para cantarem.

Dinho: Isso aí! Precisamos tocar mais vezes para o público, vai que dá sorte e algum produtor escuta a gente?

Dani: Se quiser eu ajudo!

Sérgio: Ajudar como? - perguntou confuso.

Dani: Posso tirar uma foto de vocês, e panfletar nas ruas para alcançar um público bom.

Dinho: Sério mesmo que você faria isso?

Dani: Por que não? - Sorriu meiga.

O sorriso da garota é tão lindo.

Sérgio: Não precisa nos ajudar, a gente consegue se virar!

Dani: Que besteira, eu quero ajudar, vocês são amigos do meu irmão e eu quero ver ele realizar o sonho de ser famoso. Ele não para de falar na banda.

Riu fazendo Dinho também ri após a fala da menor.

— Acho que não tem problemas se ela quer ajudar, vamo fazer dar certo.

Samuel: Aqui seu troco, cabeção. Chegou com uma sacola com dois refrigerantes e a batata palha.

Dani: Vamos comer.

Todos assentiram, Dinho ajudou sua irmã a colocar as panelas na mesa e todos se sentaram começando a se servirem.

Eu esperei os meninos comerem primeiro para me falar o que acharam, não era todo dia que eu fazia comida, mas segundo minha família, eu cozinhava bem

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Eu esperei os meninos comerem primeiro para me falar o que acharam, não era todo dia que eu fazia comida, mas segundo minha família, eu cozinhava bem.

Samuel: Que delícia cara...meu Deus! - Falou de boca cheia recebendo um tapa de seu irmão.

Sérgio: Não fala de boca cheia, é falta de educação. - Falou também de boca cheia.

Eu soltei uma risada baixa e neguei com a cabeça.

Bento: Ficou muito bom, Dani.

Bento sorriu sem mostrar os dentes e eu retribui o sorriso envergonhada, comecei a comer olhando para os meninos que conversavam durante o almoço.

Meu Guitarrista. - Bento Hinoto Onde histórias criam vida. Descubra agora