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O ensaio dos meninos estavam indo bem, Dinho cantava seriamente mas as vezes fazia um pouco de graça, aliás, se ele não fizesse graça não seria o Dinho. Durante todo o ensaio eu fiquei observando o japa tocando guitarra, ele ficava todo bonitinho concentrado.

Eu não percebi que fiquei tanto tempo olhando para o garoto tocar guitarra.

Dinho: Danielly? Danielly! — Gritou chamando minha atenção.

Sai de meus pensamentos olhando para Dinho, todos ali me olhavam, principalmente o japa.

— O que é? — Pergunto cruzando minhas pernas.

Júlio: Perguntei se sabe tocar algum instrumento.

— Ah, não sei não. — Neguei com a cabeça.

Dinho: Eu disse que ela não sabia tocar nada, a família Alves tem a voz, cantar ela sabe. — Apontou para mim.

Eu não sei como entraram nesse assunto. Eu olhei para o guitarrista que estava olhando para sua guitarra desinteressado no assunto.

— Sei não, fica na sua Dinho! — Falei emburrada.

Eu não queria cantar na frente deles ou mostrar algum dom meu..se é que eu tenho dom.

Samuel: Ela não quer entrar na banda, galera. — Se pronuncia pela primeira vez.

— Entrar? Ah gente, vocês aí estão ótimos, sério mesmo.

Júlio: Como você sabe? Ficou prestando atenção só no Bento. — Sorriu olhando para mim.

Júlio linguarudo! Bento ficou me olhando com um sorriso mínimo no rosto.

— Não é verdade! Eu prestei atenção em todos! — Cruzei os braços.

Dinho: Não tô gostando desses papos!

Eu dei de ombros para o que ele falou, provavelmente os meninos perceberam, pois ficaram zoando com ele.

— Você não tem que gostar de nada. — Digo me levantando encarando o meu irmão.

Samuel: Gostei de você, Dani! — Disse rindo.

Bento: Poderíamos substituir o Dinho por ela.

Eu sorri com seu comentário e neguei com a cabeça. Eu jamais iria querer substituir meu irmão.

— Enfim, vocês são uma banda... estão ensaiando e tals, mas onde que vocês irão tocar?

Eles se entreolharam e eu suspirei, provavelmente não tinham onde tocar.

Júlio: Eu vou arrumar um lugar, relaxem. Vamos continuar o ensaio.

Eles voltaram a ensaiar e eu voltei a olhar para Bento que quando percebeu que eu o olhava, deu uma piscadela para mim, isso foi o motivo do meu surto interno, eu não consegui evitar um sorriso largo.
Voltei a sentar tentando prestar atenção em todos, demoraram mais longos minutos até finalizarem.

Sérgio: Acabamos aqui, vamos ensaiar todos os dias, mas não vai dar para ensaiar todos os dias aqui..para não incomodar nossos pais.

— Pode ser na nossa casa, não é Dinho? A mamãe não se importa de barulho e o nosso pai trabalha. — Digo olhando para todos ali.

Dinho: É, os ensaios pode ser lá, podem ir de manhã. Umas 08:30 tá bom?

Todos ali concordaram. Eu me levantei indo ficar do lado do Dinho agarrando seu braço.

— Vocês aproveitam e passam o dia lá, eu faço lanche na pausa de vocês. — Sorri meiga.

Samuel: Vamos estar lá às 08:30. — Confirmou a presença de todos.

Dinho: Nós vamos indo, tchau galera.

Nos despedimos de todos ali e saímos da casa dos meninos. No caminho eu soltei Dinho e apenas permaneci andando do seu lado.

Dinho: Olhando para o Japonês safado né? — Iniciou uma conversa.

— Ele é bonitinho. — Sorri o olhando. — Larga de ciúmes besta, eu já tenho 19 anos, me deixe.

Dinho: Mamãe vai amar saber disso.

— Você não é louco de contar. — Bati em sua nuca. — Ah, você combinou deles irem 08:30, você acorda tarde, hoje você acordou cedo por um milagre!

Dinho: Eu vou acordar cedo.

Murmurei um "duvido" e ri. O nosso caminho para casa foi tagarelando sem parar, ele fazia algumas graças comigo para me ver estressada e eu sempre tentava bater nele, foi divertido até.
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Não revisado!

Mais um ep novo, espero que gostem!!

Votem por favor, isso irá me motivar a continuar, beijoos.

Meu Guitarrista. - Bento Hinoto Onde histórias criam vida. Descubra agora