「 」 Chapter seventeen - Just stay

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      Acordo com o som insuportável do despertador

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Acordo com o som insuportável do despertador. Sinto um peso encima de mim, ainda não abri os olhos, e nem ao menos quero, pelo cansaço que sinto agora. Abro os olhos devagar, me acostumando com o risco de sol que atravessa a janela, na qual me incomoda.

Tal peso que sinto é Lee Minho. Seu braço tatuado envolve minha cintura sem força, então me vejo na oportunidade de sair dali e ir para o trabalho. Minho deitado comigo me trás lembranças enquanto ainda estou deitada. Breves imagens sem sentido surgem na minha cabeça logo formando uma madrugada inteira, como um filme que se passa na minha cabeça baseado em fatos reais. Baseado nessa madrugada.

Espero desesperadamente que ele não lembre de ontem a noite. Assim que olho para Minho me lembro daquele momento, cada contato, cada olhar, e a culpa me invade novamente. Como eu posso ter sido tão idiota ao ponto de beijá-lo!? Em silêncio, entro em negação profunda, tentando esquecer aquilo para nunca mais acontecer, e viver a vida normalmente como se tudo nunca tivesse acontecido.

Tento me levantar ainda cansada, esfrego os olhos e forço meu corpo o impulsionando para levantar. Mas logo sinto o braço de Lee forçando meu corpo a voltar para a mesma posição na qual eu estava antes. Apenas viro minha cabeça de forma que eu vejo apenas seu cabelo alaranjado, confusa.

     — Para onde acha que estava indo?- Ele diz com a voz rouca de sono

— Por acaso quer que eu me atrase? Eu preciso ir para o trabalho, me solta!

Sinto Minho se afundar ainda mais nas minhas costas, e apertar minha cintura com mais força

— Não vai embora agora— Ele pausa— Só fica aqui.

Pela primeira vez em meses, quero sair debaixo do cobertor e ir para o trabalho. Mas quando vejo que não irei ter saída daqui, cedo a vontade de Minho, coloco o despertador para tocar um pouco mais tarde e me ajeito na cama.

Envergonhada ou não, Lee praticamente virou a noite em uma festa, seu corpo está exausto, então faço a gentileza de ficar ali com ele. Não quero encarar Minho, ter que olhar para ele com toda a agonia que sinto por hoje. Tudo isso está sendo um tremendo erro.

    Novamente aquele barulho do despertador toca, dessa vez tento não acordar Minho para que dez novos minutos não sejam perdidos enquanto eu durmo de conchinha com meu pior inimigo, e melhor amigo do meu ex.

Não sei se meu suspiro foi de alívio por não ter que olhar para ele ou uma mini decepção de não poder dormir mais. Independente de tudo, vou até a cozinha e preparo um sanduíche simples e logo vou me arrumar numa pressão maior.

     O tempo passa enquanto me arrumo, e com isso, as memórias vêm e vão sobre tudo que aconteceu nas últimas seis horas antes de eu estar deitada com Minho. Meu rosto está calmo, mas aos poucos começo a surtar internamente torcendo para que isso não saia para o externo. Uma grande e agonizante mistura de sentimentos me preenchem, e o arrependimento de ter feito aquilo "ontem" vem junto com vergonha, desespero, raiva e extrema bagunça mental.

𝐋𝐈𝐅𝐄 𝐈𝐒 𝐆𝐎𝐈𝐍𝐆 𝐎𝐍 |𝗟𝗲𝗲 𝗠𝗶𝗻𝗵𝗼Onde histórias criam vida. Descubra agora