「✈️」 ⸻ Seo Miyeon finalmente entra na fase adulta independente, tendo que descobrir os desafios e como lidar com eles nessa nova fase. Porém descobre o quão estressante ela pode ser quando conhece seu arrogante vizinho do apartamento 452.
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Já era noite, estou sentada no banco de carvalho que tem na parquinho. Obviamente a quantidade de crianças ali é mínima, as únicas duas que estavam ali eram– aparentemente– duas irmãs, a mais velha está sentada no banco do outro lado do parquinho, e a mais nova, de cabelo castanho claro e curto, brinca em um balanço tentando se balançar sozinha.
Me imagino ali, sorrindo e me divertindo enquanto meu irmão me observa brincando. Vejo um carro branco passar, sei de quem é, sei para onde está indo, e infelizmente não é de volta para casa. Abaixo minha cabeça tampando meu rosto com as duas mãos e deixando com que as lágrimas saiam do meu rosto e atravessem os espaços entre meus dedos.
Sinto uma presença ao meu lado, limpo o rosto rapidamente, fungo olhando para o lado, mas sei que é impossível não perceber meu rosto choroso.
A garota de cabelos curto e claros está do meu lado, ela me olha como ninguém antes me olhou, sua feição não é de terror, preocupação, e sim de calma, como se esperasse ser um porto seguro para quem precisa.
— Oi... Seus pais... Onde estão?— Ela pergunta, sinto refluxo ao ouvir alguém falando sobre meus pais.
— Não te interessa.
Não quero dizer nada, tenho vergonha, uma mistura de raiva e desespero, quero sair daqui, preciso ficar sozinha. Mas ela me cativa ao ponto de meu coração parar de bater tão rapidamente como antes.
— Tudo bem. Não precisa ficar brava assim, eu também já fugi de casa, depois que minha irmã mais nova nasceu e...
— Não é a mesma coisa.
— Você falou sem raiva! Sua voz é fofa quando está "calma"— Ela diz sorrindo, me pergunto qual é o raio de situação engraçada que ela vê aqui— Vamos, limpa esse rosto, não é bom ficar assim
Ela me puxa, sinto o ar bater no meu rosto quando atravesso conta ele. Agora estou em pé, com a garota bochechuda de cabelo curto que passa a não soltar a minha mão.
— Não precisa me dizer o motivo de estar aqui, triste. Mas desde que você se sinta melhor quando sair daqui, vou ficar feliz junto com você...
— Você sequer...— Travo na minha fala. Não sou tímida, costumo me dar bem quando o assunto é desenvolver conversas, mas neste momento sinto meu corpo parar. Mas relaxo quando a garota olha para mim— Você sequer sabe meu nome...
— Vamos começar de novo. Meu nome é Yoo Jeongyeon, e o seu? Qual o seu nome?
— Seo Miyeon
— Vamos, Miyeon. Eu te empurro no balanço
Me sento no balanço olhando bem para não cair, me seguro nas duas correntes e quando Jeongyeon pergunta se pode me empurrar, assinto com a cabeça afirmando.
