「 」 Chapter eighteen - Fear of regret

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     Coloco o celular sobre a mesa

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Coloco o celular sobre a mesa. Estou morrendo de fome, e faz um tempo que eu almocei. Passo a mão no cabelo quando a dor de cabeça me vem, então volto a mão no telefone para pedir alguma comida, escolho uma pizza. Vejo as notificações, Minho já me respondeu desde a minha última mensagem, por isso destranco a porta e aviso a ele que a porta está destrancada para quando ele chegar.

Conversar com Lee ainda me agoniza. Quando vou para algumas reuniões de condomínio, me encontro com Hyunjin, ele ainda me cumprimenta, mas evito olhar nos olhos dele por vergonha, vergonha de estar com Minho, vergonha de tudo que já aconteceu até agora. Lee ainda não aparece nas reuniões, o que faz eu me livrar da vergonha de estar entre Minho e Hyunjin.

Desço para buscar a pizza, meu celular vibra, quando vejo quem me liga, desligo por impulso, não estou com cabeça, nem hoje nem nunca.

Minho já está na frente da minha porta pronto para entrar. Entro junto dele equilibrando a pizza nas mãos. A presença de Lee ainda me faz lembrar de coisas que quero esquecer, ainda não o perdoei, ele sabe disso. Meu coração arde quando percebo o quanto ele mudou depois de um certo tempo. Ainda não sei como vou curar isso, mas, talvez, em um lugar e momento de paz, tudo pode dar certo.

Me sento no sofá, Minho está do meu lado, cada um com um pedaço da pizza. Meu celular está tocando pela milésima vez, estou perdendo a paciência, Minho já começa a estranhar o fato de eu estar ignorando, mas finjo que não vejo seu rosto incomodado.

— Miyeon? Não vai atender?

— Não, só ignora, tá? Se eu desligar eles vão ligar de novo— respondo, só quero comer minha pizza em completa paz

— "Eles" são seus pais?— Concordo com a cabeça. Minho olha para mim, nunca entramos no assunto da minha família.

— Você sente falta deles? Sente falta dos seus pais?— Fico em silêncio, desejando que seja mentira— A gente sempre fala dos meus pais. Mas você nunca se aprofundou nisso.

E desejava não me aprofundar. Respiro fundo e falo:

— Não, não sinto. E não acho que vou sentir futuramente

— Sinto falta da relação que eu tinha com meu pai antes, falta de quando ele tinha tempo para mim— Minho tenta me deixar confortável. Lee já fala sobre ele e seu passado de forma natural comigo, mas não consigo ter essa relação

— É mais fácil sentir falta de algo que um dia você teve— Dou uma risada irônica— Amor, cuidado. Às vezes eu ando pela casa, lembro de onde eu morava, fotos deles com meu irmão em cada canto, nunca comigo— Uma pausa dramática— Algum dia é possível que eu esqueça deles de vez.

— Seu irmão não sofreu também?— Ele diz. Nego com a cabeça, era a resposta que ele esperava— Você foi a escolhida.

— É. Mas da para ver em você, o quanto dói andar pela casa e saber que não vai esquecer da sua mãe de forma simples, principalmente quando ela está...— Eu paro. Não sei se estou sendo ou vou ser insensível, esse silêncio me mata, penso no que falar, mas Minho me olha e me responde

𝐋𝐈𝐅𝐄 𝐈𝐒 𝐆𝐎𝐈𝐍𝐆 𝐎𝐍 |𝗟𝗲𝗲 𝗠𝗶𝗻𝗵𝗼Onde histórias criam vida. Descubra agora