「 」 Chapter twenty three - Destiny

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     Até agora, o destino não foi muito certo comigo

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     Até agora, o destino não foi muito certo comigo.

O destino é como um labirinto de possibilidades, às vezes contraditório. Por mais que eu tenha acreditado em algum momento que tudo está predestinado, sou confrontada com escolhas que complicam o que eu acreditava.

O destino te leva para um lugar e te joga para outro em um piscar de olhos, e quando você percebe, tudo que você imaginou foi por água abaixo. Sendo surpreendidos pela incerteza. Eu queria tanto ser dona do meu próprio destino, uma pena que meu destino também depende do destino dos outros

     Ele é a última pessoa que poderia estar atrás da porta agora. Minho está como o conheci, moletom da cabeça aos pés, os pelos de gato na blusa preta não poderia faltar, e chinelo nos pés. Seus braços cruzados indicavam que ele estava irritado, isso porque ainda não olhava para seu rosto, que com certeza está com uma expressão péssima.

No impulso, me curvo pedindo desculpas e fecho a porta com vergonha. Fecho os olhos, nervosa, crendo que a porta estava fechada e Minho estava em sua casa, mas a realidade insiste em me decepcionar, e assim que olho para frente, Lee ainda está ali, dessa vez segurando para que a porta não se feche.

— Eu já pedi desculpas! O que você quer?

— É a segunda vez que me pede desculpas em menos de vinte e quatro horas, eu não disse que estava aqui por causa da música alta ou por ouvir sua voz extremamente ruim cantando

A sinceridade de Lee me lembra seu eu de antes, mas não quero lembrar dele desse jeito.

— A humilhação já acabou?— Pergunto

— Já, agora quem vai se humilhar vai ser eu

Não entendo bem o que ele quer dizer com isso, mas fico ali esperando para que ele fale:

     — Talvez eu tenha sido um pouco dramático, ou você tenha sido uma idiota comigo. Mas o fato é que não tem como esconder o que eu sinto por você e por mais que me doa, quem quis tudo isso foi você mesma, e agora eu não vou tentar voltar atrás de nada— Ele dá uma pausa— Como eu sei que você não vai desistir, eu queria falar que aceito seu perdão, só não me procura.

O alarme do meu celular tocou. Eu o configurei para despertar às duas da manhã, pois seria o horário em que eu me deitaria. Pego o dispositivo e desligo apertando desesperadamente no botão "pare".

Minho aceita minhas desculpas, mas não do jeito que eu imaginava. "Não me procura" acerta meu coração em cheio, como não procurar?

— Tudo bem... E obrigada, Lee Minho

— Até algum dia em um elevador ou corredor por aí, Seo Miyeon.

     Ele acena para mim em despedida, eu aceno de volta, mas não quero que ele vá, mesmo que ande cinco passos até entrar em casa, não quero que suma do meu campo de visão. Quero me proteger dentro de casa, mas não sair da frente da porta. Quando tento fechar a porta, reluto em fechar completamente. Mas lembro que manter a porta entreaberta prolonga a dor. Então, aos poucos, vou fechando. Talvez ele volte a bater na porta. Mas ele anda, entra em casa, e fecha a porta, eu não quero fechar.

𝐋𝐈𝐅𝐄 𝐈𝐒 𝐆𝐎𝐈𝐍𝐆 𝐎𝐍 |𝗟𝗲𝗲 𝗠𝗶𝗻𝗵𝗼Onde histórias criam vida. Descubra agora