Alma por alma - parte DOIS

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AVISOS:
NESTE CAPITULO TEMOS UMA TENTATIVA DE SUICIDIO, SE ESSE TIPO DE CONTEÚDO TE INCOMODA NAO LEIA.

Aemond Targaryen. - Porto real.

Voei de volta ao castelo. O que eu tinha acabado de fazer? eu estraguei tudo, ela nunca iria me perdoar.
    Desci do meu dragão e caminhei pelo Palácio até meu quarto. Não disse uma palavra a ninguém. ignorei os gritos de jacaerys para mim perguntando onde estava visenya, ignorei os empregados perguntando coisas idiotas sobre um casamento que não aconteceria. Entrei no meu quarto e tranquei a porta. Ela confiou em mim, confiou seu corpo e seu coração a mim e eu quebrei essa confiança. Eu perdi a mulher pelo qual sou completamente obcecado a anos por uma bobagem...por uma guerra, uma guerra da qual nos dois não temos culpa.

    Me sentei no batente da janela, o que aconteceria agora?

      Visenya Targaryen. Winterfell.

Deitada na minha cama nao conseguia pensar em nada. Ja havia tomado banho, tirado as roupas molhadas e estava seca, com quentes cobertores e protegida por muralhas, exércitos, um dragão e muita neve. Então por que nao podia dormir? Por que em meus sonhos a cena se repetia. Meu irmão morria diante dos meus olhos pelas mãos do homem que eu estava prometida e eu não pude fazer nada. Aemond me traiu, não com uma mulher, me traiu com a confiança que eu depositei nele...se tem algo do qual eu me arrependo é de ter me deitado com ele. Eu me entreguei para um monstro, mas eu nunca mais vou cometer esse erro, nunca mais.
   Lágrimas começaram a cair de meus olhos sem que eu pudesse controlar, eu não queria controlar, precisava chorar a morte do meu irmão antes que meu luto me consumisse, meus olhos ardiam pelas lagrimas e por raiva. Raiva ardente como o fogo do dragão, raiva de aemond, raiva dessa guerra maldita, raiva desse casamento, raiva da nossa casa. Os Targaryen são alto destrutivos. Não precisamos de ninguém para noa destruir, nós fazemos isso muito bem. Nossa casa vai cair de dentro pra fora, demore o tempo que for alguem vai pagar por isso e vai pagar caro. Meu irmão pagou o preço pela ambição dessa guerra, eu sou a proxima a pagar. NÃO.

     Me levantei da cama e andei descalça pelo quarto ate a porta, a abrindo e saindo. Não enxergava para onde ia, estava com lagrimas demais em meus olhos, e não conseguia controlar meus movimentos. Andei pelos corredores, a brisa gelada do inverno atigia meu rosto como mil  facadas, mas o frio não me incomodava, a dor que eu estava sentido por dentro era grande demais para eu me preocupar com o que sentia do lado de fora.
  
     Subi as escadas ate o topo da muralha que protegia a casa do frio implacável e caminhei por ela. A neve começava a cair e congelava meus ossos que doiam a cada passo, meus pés estavam azuis pelo frio e meus labios violeta como meus olhos. Mas eu não me importava, so queria que essa dor passase. Parei de frente ao posto onde ficavam os arqueiros para defesa. Não havia ninguém, evidentemente, ninguém alem de mim seria louco o sulficiente para ficar aqui fora nesse frio. A neve começou a cair com mais intensidade.
Subi na beirada da muralha.

Um passo

Um passo para frente e tudo isso acabava. A guerra para mim havia terminado. Eu estava a no minimo 30 metros do chão, uma nevasca se instaurava logo acima da minha cabeça e não tinha absolutamente nada me impedindo. Por que eu hesitei?

Pula
Pula
Pula

A voz na minha cabeça dizia:

A sua guerra acabou, deixe que se matem sozinhos

Mas a de Cregan falou mais alto:

CS- Visenya desça daí. Eu sei como está se sentido, também perdi um irmão para a guerra.

Me virei lentamente para olhar em seus olhos, um passo em falso e eu cairia metros abaixo diretamente para o chão duro.

V- Eu não consigo...

CS- Você consegue, comigo ao seu lado visenya, eu não vou sair do seu lado. Você tem a minha casa nessa guerra e tem a mim. Aqueles que ousarem tocar em você morreram gritando diretamente pelas minhas mãos.  Você é feita de fogo, não ouça a voz do gelo visenya.

Uma gargalhada, foi a ultima coisa que eu ouvi antes de descer de cima da beira da muralha e desmaiar por hipotermia nos braços de Cregan.

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    Acordei deitada em uma cama que não era a minha, enrolada em montantes de cobertores e com uma lareira acesa. Abri os olhos lentamente e olhei em volta buscando por alguma informação no ambiente ao meu redor.
   O quarto era grande e escuro, a única iluminação vinha da lareira ao lado da cama. Sentado ao meu lado em uma poltrona estava Cregan, me olhando pacientemente enquanto eu dormia.

V- Cregan? Onde eu estou?

CS- Graças aos deuses você acordou visenya. - ele levantou da poltrona assutado pela minha voz quebrando o silêncio que estava entre nós e se sentou novamente ao meu lado na cama, colocando suas mãos em meu rosto e checando se eu estava com febre. - sua febre baixou, ainda bem. Nunca mais faça isso, por favor.

V - O.. O que eu fiz? - perguntei confusa, mas logo sendo atiginda por uma onda enorme de lembranças de tudo o que havia acontecido. - Eu...Eu tentei...

CS- Mas não conseguiu, e para mim so isso importa. - disse ele sorrindo. - jurei proteger você e é isso que irei fazer, darei minha vida pela sua, e estarei ao seu lado minha princesa.

V- obrigada, eu...eu nao sei o que me deu, vozes que não eram minha invadiram minha cabeça.

CS- o inverno faz coisas terríveis com as pessoas minha princesa.

V- eu não sei o que teria me acontecido se você não estivesse lá. - tentei me levantar e percebi que estava nua, me enrolei mais nos cobertores e me aproximei dele. - Obrigada cregan, de verdade. - meu rosto doia muito, mas tentei o meu melhor para dar um sorriso enquanto pegava sua mão.

CS- eu sempre estarei ao seu lado princesa. Sempre. jurei isso a sua mãe e agora juro a você. Descanse. A carta contando o ocorrido ja foi enviada, temos previsão para a chegada da rainha em winterfell daqui a dois dias. Eu vou estar no quarto ao lado, se precisar de algo não hesite em me chamar, os guardas estaram na porta para qualqued coisa que você precisar.
 
     Cregan se levantou e se virou para sair do quarto, mas parou novamente quando eu disse:

V- Você jurou que estaria sempre ao meu lado, meu lorde. Eu preciso de você agora, por favor nao me deixe sozinha...

CS- Vo...Você tem certeza princesa?

V- Tenho. Por favor, eu não quero dormir sozinha.

CS- certo...

   Ele se virou e andou novamente em minha direção, tirando o enorme casaco que vestia e ficando apenas com a calça de couro e uma blusa branca. Cregan se deitou ao meu lado. Eu sorri com a atitude e me deitei em seu peito ainda enrolada no cobertor de pele. O lorde se assustou com a minha atitude, mas não reprovou minha atitude. Colocou seus braços em volta de mim em um abraço e não me soltou.

CS- Você será a única rainha para qual eu dobrarei meus joelhos quando assumir winterfell.

V- E você será o único lorde ao qual eu serei inteiramente leal.

CS - Eu serei para sempre O seu lobo minha princesa

V- E eu serei seu dragão.

A coroa de fogo Onde histórias criam vida. Descubra agora