𝔸 𝕊𝔸𝔾𝔸 𝔻𝕀𝕏𝕆ℕ
ᕮᗰ ᑌᗰ ᗰᑌᘉᗞO ᑭÓS-ᗩᑭOᑕᗩᒪÍᑭTIᑕO devastado por um vírus letal, Victoria Parker, que foi vendida por seu pai biológico aos onze anos, descobre sua verdadeira identidade como uma Dixon.
Agora ciente de sua verdadeira identidade com...
Sem comida e sem água, vestindo o moletom de Emma e com um capuz na cabeça, vou caminhando sem um destino certo. Sinto que meu corpo está prestes a se entregar ao vazio. Não sei quantos dias fazem que deixei o corpo de Emma naquele lugar, escuro e frio, mas ela já não estava lá, não havia mas nada dela, ela partiu e eu preciso aceitar, eu tenho que continuar. Eu continuo andando e não chego a lugar nenhum, não vejo nada, não encontro nada, estou no marasmo e tudo o que queria é uma gota de água. Já não tenho saliva para sentir, meus olhos ardem assim comos meus pés, eu só quero parar.
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Sai da beira da estrada e entrei na floresta, talvez seja mais perigoso mas estou tão cansada que não consigo mais pensar. Começo a sentir tudo rodar, não tenho mais controle do meu corpo, as imagens estão embaçadas, acho que vou desmaiar, sei que se isso acontecer pode ser meu fim, um daqueles walkers podem me encontrar e me morder mas não posso fazer nada. Escuto um barulho, parecem passos e de repente meu joelho falha e caiu com eles direto no chão e então caiu pra frente. Começo a escutar vozes bem ao longe, mas acho que é porque estou prestes a perder a consciência. Ainda consigo ver um par de botas se aproximar, eu diria que estou sentindo medo mas nem isso consigo sentir, porém escuto algumas últimas palavras antes de finalmente tudo ficar escuro.
- Cara deixa essa mulher aí, o governador não vai gostar
- Cala a boca - ele responde - eu a conheço e vou leva-la, com ele eu me entendo - sinto suas mãos no meu corpo, queria dizer que não mas não tenho forças
- Não. Você não pode leva-la - acho que o cara está barrando o caminho do outro
- Essa é minha irmã cara, eu vou levar nem que eu tenha que te matar - eu senti que ele estava falando a verdade em matar o outro
E finalmente minha cabeça caiu para trás.
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Quando novamente abri os olhos, havia luz, mas não luz natural, era lâmpadas. Aos poucos meus olhos foram se acostumando e então olhei ao redor, eu parecia estar em algo parecido com uma enfermeira, seria um hospital? Que droga de lugar estou e o que aconteceu? Com todas as forças que eu tinha em mim, consegui me sentar e então uma mulher veio até mim.
- Ei, calma aí mocinha, você não está forte ainda - ela parecia simpática - meu nome é Elena e sou sua enfermeira
- Quanto tempo eu fiquei desacordada?
- Quase dois dias, você estava muito desidratada, mas já cuidamos de você. Merle logo vai estar aí para falar com você
- Quem? - franzi a sobrancelha - de quem está falando? Que lugar é esse?
Nesse mesmo instante a porta se abriu e um homem alto e carrancudo entrou e quando me viu pareceu dar um sorriso de canto mas logo ficou sério novamente. A enfermeira deixou nos dois sozinhos e ele se aproximou.
- Olha, vejo que está melhor, isso é ótimo
- Quem é você? Foi você que me trouxe aqui? - eu me encolhi não queria que ele chegasse perto mas mantinha minha voz firme
- Sim, fui eu que trouxe você. Eu não poderia deixar uma irmã minha lá caída no chão
- Irmã? Do que está falando cara
- Seu nome é Victoria Dixon - ele me olhou firme - mesmo tendo passado tanto tempo, eu ainda reconheço seu rosto
- Meu nome é Victoria Parker, do que está falando?
Ele então deu a volta para ficar do meu lado direito, pegou algo no bolso e então eu vi que era uma fotografia e então me entregou. Na foto havia uma menina de uns onze anos, um garoto adolescente e um mais velho que eu reconheci que era ele. Eu olhei então novamente para a menina e então a reconheci, era eu, eu devia ter uns onze anos naquela foto.
- Co-como isso pode ser possível?
- Oh garota, tudo é possível nos dias de hoje. Você era criança ainda quando meu pai sumiu com você. Eu sei o que ele fez e foi mal por não impedi-lo mas acredito que ele fez o melhor. Você não iria querer continuar vivendo com aquele imbecil
Então eu fechei os olhos e algumas lembranças invadiram minha mente. Eu lembrei da minha infância, mas exatamente naquela casa da foto, eu vi um homem bêbada e nojento, ele agarrava meu braço e estava pronto para me bater quando aquele garoto adolescente da foto apareceu e segurou o braço dele, eu corri e me escondi mas consegui ver quando aquele que me defendeu apanhou do homem nojento. Aquele homem nojento era meu pai biólogo e o outro era meu irmão.
- Daryl - eu abri os olhos ao ouvir aquele nome - o nome do nosso irmão é Daryl
- Onde ele está? -perguntei - ele morreu?
- Não, na verdade não sei. Nos separamos e ele ficou com um grupo irritante e eu estou aqui
Olhei e vi que ele não tinha uma das mãos, no lugar estava um gancho, fiquei confusa e curiosa.
- Em breve eu conto toda a história, agora apenas descanse, quando você estiver melhor, o dono desse lugar virá conversar com você, afinal todos aqui precisam ajudar. E lembre-se você é uma Dixon.
Foram as últimas palavras dele antes de sair e me deixar sozinha. Voltei a deitar,talvez não fosse tão ruim descansar um pouco, mas minha mente não parou de pensar no que ele havia dito, sobre eu ser irmã dele, ser uma Dixon. Havia lembranças na minha mente e eu sabia disso, só não sabia se realmente gostaria de lembrar.
"Você acha que é mais fácil Colocar o dedo sobre o problema Quando o problema é você" - The troubles