Capítulo 10 - 40 𝒅𝒊𝒂𝒔

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40 dias depois.

Havíamos transformado a prisão em uma grande comunidade, terminamos de limpar e matar os zumbis das outros alas, e todos estão dispostos a ajudar no dia a dia para que esse lugar seja realmente nosso lar, e possamos ter a esperança de dias melhores

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Havíamos transformado a prisão em uma grande comunidade, terminamos de limpar e matar os zumbis das outros alas, e todos estão dispostos a ajudar no dia a dia para que esse lugar seja realmente nosso lar, e possamos ter a esperança de dias melhores.
Construimos um chiqueiro com porcos, plantamos uma horta, transformamos a biblioteca da prisão em um lugar para as crianças, onde Carol da aulas e fazemos leituras, algumas vezes eu até participo. Eu conheci o lado protetor e familiar de Rick Grimes, ele quer sempre proteger a todos, principalmente seu filho Carl, no qual ele está tentando que tenha de volta sua infância, assim proibindo ele que utilizei armas, pois acredita que por agora não precisamos, e também sua filha Judith que já está bem esperta com seus aproximadamente seis meses. Eu realmente me tornei amiga de Michonne, na verdade enxergo ela como minha melhor amiga, mas ela não fica muito dentro da prisão, ela sempre está saindo atrás de encontrar coisas boas para trazer, assim como Daryl, que parece não conseguir ficar preso dentro de um lugar, sendo assim não tivemos muito tempo de trocas, digamos que nossa maior aproximação foi na morte de Merle. Maggie e Gleen me deram uma oportunidade e hoje me tratam muito melhor, ainda não posso chama-los exatamente de amigos mas nos damos bem. Minha companhia diária é sempre Beth, ela é uma jovem doce e sinto que ela é um pouco carente, já que Maggie passa mais tempo com Gleen e Hershel está ocupado sendo o médico do local e mentor de Rick. Por último, conheci melhor a Carol e entendi o quanto essa mulher é forte, ela teve um passado difícil, principalmente pela perda da filha, geralmente estou sempre a ajudando em alguma tarefa, acredito que também nos tornamos boas amigas.

Eu estava em uma espécie de barraca, servindo a comida junto com Carol, quando ele pediu que eu fosse até próximo os portões onde havia um grupinho de crianças, e chama-las para comer.
Quando me aproximei, percebi que Carl estava discutindo com uma garota, deveria ter aproximadamente uns doze anos, e o motivo era porque ela estava dando nome aos zumbis.

- O que está acontecendo? - perguntei

- Essa garota acha que essas coisas são pessoas e está dando nome a ela - Carl disse impaciente - e meu pai ainda quer que eu ande com eles - ele então dá as costas e sai andando

- Vicky eles são legais, eles me escutam, olha - ela chama um deles que olha pra ela e tenta pegá-la pela grande

- Cuidado- eu puxo ela para mais longe - querida - eu seguro ela pelos ombros e faço ela me olhar - eles são mortos, são zumbis e tudo o que querem é comer você - digo seria - não são pessoas e você não deve dar nome a eles

- Desculpa a minha irmã - uma garota um pouco mais nova se aproxima - ela não faz por mal, ela só acha que assim é mais fácil

- Mas ela tem que entender, vocês tem - eu solto a menina e agora fala para todas as outras crianças - esses zumbis são perigosos e você não devem chegar perto deles. Agora vão comer, Carol está esperando para servir vocês

Todos concordam com a cabeça e saem correndo. Eu fico preocupada com o passamento dessa garota, se ela não mudasse isso, poderia acabar se metendo em encrenca. Vi Carl afastado, sentado na grama, abraçado as pernas pensativo e me aproximo.

- Posso? - digo em relação a sentar ao seu lado

- Sim pode - ele diz sem me olhar - essas crianças são bobas

- Carl da um desconto pra eles - eu peço - eles não viveram o que vivemos. Eles estavam em Woodbarry, não passaram pelo mesmo que a gente

- É eu sei - ele suspira e vira pra mim - mas não entendo porque meu pai insiste que tenho que ficar com eles, ao invés de ajuda-lo

- Seu pai só está tentando que você ainda possa viver sua infância. Ele quer o melhor pra você, está tentando fazer a coisa certa, da um desconto pra ele - toquei seu ombro - as coisas estão mais calma, então seria bom se você fizesse coisas mais normais para sua idade, mas se um dia ele precisar de ajuda realmente, ele não vai te deixar de fora

- Será?

- Tenho certeza - eu sorri pra ele

- Tenho certeza - eu sorri pra ele

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A noite, estava na minha cama e fiquei olhando para o teto e me lembrando de Emma, sinto falta das nossas conversas, ela sempre soltava alguma piada boba para me fazer rir. Ela era tão doce e brincalhona, ela conseguia achar coisas boas até nesse mundo obscuro. Sinto tanto a falta dela, que sei que nunca mais voltarei a sentir o que senti por ela.

No dia seguinte, acordei, tomei café da manhã com o pessoal e fui para o lado de fora, vi o portão se abrir e era Michonne chegando em cima de um cavalo e Daryl na moto. Eu sorri um dos sorrisos mais sinceros de todos, eu estava aliviada por eles estarem voltando vivos, e eles não tem noção do quanto. Rick e Carl foi os primeiros a recebe-los e logo eu estava ali, pronta para dar um abraço apertado em Michonne e ouvir sua risada alta, Daryl se aproximou e deu um soquinho no meu ombro.

- Bom te ver - ele deu um sorriso de lado

- Que bom que voltou vivo, se não eu mesmo ia ter que matar você - brinquei

Depois de tantos dias, finalmente estávamos jantando com o grupo completo, foi um farra só. Várias conversas paralelas, as crianças rindo, aquilo era o mais próximo de estar felizes em tanto tempo. Desde que esse mundo se tornou escuridão, os pequenos momentos se tornaram algo grandioso. Eu olhei para Daryl conversando animado com Carol, e eu sorri, admitindo que gostava de tê -lo por perto. Ao meu lado estava Michonne, ela me puxou pelo braço e disse que tinha algo para me entregar.

- Pra você - ela me entregou algo embrulhado em um jornal - abre logo trouxe especialmente pra você - eu ri com o jeito dela

- Não acredito que você lembrou - eu abri o embrulho e tinha uma escova de cabelo - finalmente vou pentear esse cabelo - nós duas rimos

- É uma coisa simples mas sei o quanto você queria

- Mi, obrigada de verdade por ter lembrado - ela abriu os braços e eu a abracei - senti sua falta

- É claro que sentiu - debochou na brincadeira

Ficamos ali mais tempo trocando sentimentalismo, coisa que não sou de fazer mas ela merecia, ela realmente havia lembrado de algo que quando ela saiu daqui, eu disse que se ela encontrasse, eu queria muito. Enquanto ela me contava o que viu lá fora, eu aproveitei para pentear o cabelo, algo que eu senti falta. Hoje eu enxergo o quanto coisas que antes não dávamos importância, hoje vale muito, são momentos assim.

"Ei, irmão, há uma estrada infinita para nos redescobrir
Ei irmã, saiba que há muitas amizades
Mas nosso laço é mais forte
Ah, se o céu vier caindo em você
Não há nada neste mundo que eu não faria." - Hey Brother

The Dixon Saga - 𝒕𝒉𝒆 𝒘𝒂𝒍𝒌𝒊𝒏𝒈 𝒅𝒆𝒂𝒅Onde histórias criam vida. Descubra agora