Capítulo 49 - 𝑫𝒊𝒇𝒆𝒓𝒆𝒏𝒕𝒆

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No meio da estrada, nos deparamos com outro carro, com dois homens dos Salvadores e com armas dentro. Começamos a persegui-los, eu e Rick no carro e Day em sua moto, eu me segurava por conta da alta velocidade, até que batemos no outro veículo. Tanto nós como eles capotamos e caímos em uma ribanceira. Eu senti todo meu corpo doer pela queda, senti sangue na minha boca e ao passar a mão no lábio, era ele que estava sangrando assim como minha testa, mas de resto estava bem. Rick saiu do carro e me ajudou a sair também, começamos a escalar o morro e Daryl esticou a mão para me ajudar.

- Conseguimos as armas - digo aliviada

- É e estão um bagaço - Daryl completa debochado

Eu e Rick nos entreolhamos, realmente estávamos acabados, tudo o que eu queria era voltar para Alexandria e me limpar, deixei que os dois descesse e pegassem as armas. Tivemos que colocar em cima da moto do Daryl e voltarmos a pé, pois estávamos sem veículo.

Quando chegamos em Alexandria, fui recebida por um abraço caloroso de Michonne, que disse estar preocupada com nossa demora. Ela me ajudou a cuidar dos meus machucados e por fim fui para minha casa, queria abraçar minha filha e minha esposa, mas encontrei apenas Emma com Carl. Ele me contou que Tara havia ido para Hilltop, o que me preocupou. Assim que consegui colocar roupas limpas, fui pegar minha filha no colo e a abracei forte, assim recuperando minhas energias e esperança.

- Mamãe sentiu sua falta meu amor - beijei seus cabelos

- Mama - ela balbuciou

Assim que ouvi essas palavras, senti meu coração disparar e meus olhos se encherem de lágrimas, não estava preparada para esse momento, mas confesso que foi o melhor de todos nas últimas horas, queria que Tara estivesse aqui mas sabia que tudo que estávamos fazendo era para o bem da nossa família e para vencermos a guerra. Abracei a minha pequena e aproveitei esse momento.

Dois longos dias, até eu finalmente ter em meus braços, Tara

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Dois longos dias, até eu finalmente ter em meus braços, Tara. Quando ela chegou eu não apenas a abracei e a beijei, mas a levei para o nosso quarto e fiz questão de passar uma hora inteira juntas. Eu precisava sentir seu pele, seu toque macio e o calor dos nossos corpos juntos. Não era sempre que conseguíamos ter um momento assim, então precisávamos aproveitar. Estávamos então abraçadas, olhando para o teto quando ela quebrou nossos silêncio.

- Sabe, eu sinto que depois que você voltou daquele lugar, você ficou diferente - ela comenta

- Como assim? - pergunto sem olha-la

- Antes nossos momentos eram mais...românticos, delicados

- Eu te machuquei? Fiz algo errado? - a olho preocupada

- Não, não...não é isso - ela responde depressa - é só....que eu sinto que algo mudou. Vicky, o que aconteceu lá

Eu nunca de fato havia contado a Tara e nem a ninguém o que tinha passado com Negan, sobre as agressões, passar fome ou ter que ter me deitado com ele para  salva-la, assim como Emma e Daryl. Eu sentia vergonha, raiva, nojo, me sentia impotente com tudo o que havia acontecido, mas acho que havia chegado a hora, afinal ela não é apenas minha esposa e minha melhor amiga, é a pessoa em que mais confio e quero ser sincera, ela merece.

- Tara...aconteceram coisas horríveis - eu me sento na cama - que me deixam envergonhada

- Não precisa - ela também senta na cama e toca meu rosto - se não quiser contar tudo bem, eu não deveria ter insistido - diz sincera - mas saiba que independente do que houve, não foi culpa sua

Eu senti um nó na garganta e as lágrimas botarem no meu rosto, e finalmente começo a contar tudo o que aconteceram nos dias em que fui prisioneira do Negan. Quando finalmente terminei, consegui ver o ódio nos olhos de Tara, aqueles no qual eu sempre via algo doce e meigo.

- Eu vou matar esse desgraçado - ela dizia com raiva - ele não podia...não podia ter ameaçado você - seus olhos também estavam cheios de lágrimas

- Amor... - eu disse segurando seu rosto - eu faria qualquer coisa pelos que eu amo e não me arrependo

- Mas ele não tinha esse direito - ela começa a chorar - que ódio que eu tenho desse maldito

- Eu também o odeio com todas as minhas forças - falei - mas eu o odiaria mais se tivesse feito algo com você - digo olhando em seus olhos - você e Emma são o meu tesouro e jamais deixarei que ele as toque, e nem ao meu irmão

- Eu sinto tanto - ela me abraçou - eu queria ter te protegido, impedido ele de te levar

- Não tinha nada o que ser feito - olhei novamente para ela - o que passou, já passou, a única coisa que eu sei agora é que temos que acabar com ele

- Nós vamos - ela limpou minhas lágrimas - ele vai pagar pelo que fez com você

- E o que importa agora é que estamos aqui, juntas - eu sorri - o seu toque me faz esquecer qualquer coisa - sussurrei em seu ouvido - foi pensando em você que consegui sobreviver - beijo o pescoço dela - você é minha força

- E você a minha - ela deixa a cabeça tombar para trás

- Meu corpo e meu coração são totalmente seus - passo a mão pelo corpo dela - e quando toco você, consigo sentir o quanto você é minha - ela sorri

- Sou completamente e loucamente sua - ela me puxou e me beijou

Nossos lábios se encaixaram em um beijo profundo e intenso, nossos corpos queimavam desejo, e era aqui que eu me sentia segura e desejada, aqui eu sentia que nada podia me atingir, que não importa as coisas de ruins que estão da porta para fora, aqui era nosso refúgio, aqui existia amor. Nos tomamos uma a outra profundamente, chegamos ao ápice juntas, e eu senti que ninguém me faria sentir como ela me faz.

- Eu te amo - sussurrei enquanto segurava as mãos dela na cama

- Eu também te amo - ela susurrou de volta

"E agradeço a Deus todos os diasPela garota que Ele me mandouMas sei que as coisas que Ele me dáEle pode tirarE eu te abraço todas as noitesE quero me acostumar com essa sensação

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"E agradeço a Deus todos os dias
Pela garota que Ele me mandou
Mas sei que as coisas que Ele me dá
Ele pode tirar
E eu te abraço todas as noites
E quero me acostumar com essa sensação."

The Dixon Saga - 𝒕𝒉𝒆 𝒘𝒂𝒍𝒌𝒊𝒏𝒈 𝒅𝒆𝒂𝒅Onde histórias criam vida. Descubra agora