The Dixon Saga - 𝒕𝒉𝒆 𝒘𝒂𝒍𝒌𝒊𝒏𝒈 𝒅𝒆𝒂𝒅

Capítulo 3 - 𝑾𝒐𝒐𝒅𝒃𝒂𝒓𝒓𝒚

"Eᴍ ᴛᴏʀɴᴏ ᴅᴇ ᴛᴏᴅᴀ ᴇssᴀ ᴇsᴄᴜʀɪᴅᴀ̃ᴏ, ʜᴀ́ ʟᴀᴍᴘᴇᴊᴏs ᴅᴇ ᴠɪᴅᴀ. Pᴇǫᴜᴇɴᴀs ʟᴜᴢᴇs ǫᴜᴇ ʙʀɪʟʜᴀᴍ, ɴᴏs ᴄʜᴀᴍᴀɴᴅᴏ". -Mɪᴄʜᴏɴɴᴇ.

Um dia depois a conversa com Merle, a enfermeira me liberou para sair, então conheci o tal Governador. A princípio minha primeira impressão foi que esse cara se acha o tal e que esconde alguma coisa mas Merle parece mesmo ser fiel e agradecido a ele. Eu soube da história que ele ficou preso em um telhado e deixado para morrer, falaram sobre o tal grupo de Rick Grimes e que Daryl fez parte disso. Fiquei abismada um irmão permitir fazerem isso com outro, mas eu não sei do outro lado da história, eu sou uma pessoa desconfiada então, não sei se posso confiar cem por cento em Merle, apesar de que só estou aqui viva por conta dele.
Apertei a mão do governador, agradeci que ele me deixasse ficar ali e meu trabalho seria participar da guarda, afinal sou uma militar, experiente em armas e gosto disso. Eu também fiz um tour e conheci a cidade de Woodbarry, mas achei estranho como aqueles pessoas vivem como se tudo ainda fosse normal, elas vivem de casinha feliz, fazem churrasco, festas e se vestem bem, sim isso é estranho, afinal a muito tempo isso não é o normal. Isso abriu um luz na minha mente de que eu preciso ficar em alerta, afinal lugares assim não existiam mais e se existem é porque algo não está totalmente certo, afinal essas pessoas em uma luta morrem, não vão saber se defender.

Alguns dias vivendo aqui e eu já sei toda a rotina, hoje era dia de um grupo sair para procurar sobreviventes ou era isso que falavam. Horas depois, Merle e o Governador voltaram com duas mulheres, uma estava tão mal que foi parar na enfermaria, a outra parecia bem desconfiada e não queria deixar ninguém chegar perto.
O governador pediu que eu arrumasse roupas limpas para a tal mulher e então eu fui até o quarto onde haviam colocado ela. Bati na porta e entrei.

- Com licença, trouxe roupas limpas assim você pode se lavar - eu disse educada

- Obrigada - ela mal olhou pra mim - quando vou ter minha espada de volta?

- Por questões de segurança, o Governador acha melhor deixar guardada, mas não se preocupe ele irá devolver quando achar a hora certa - eu já estava dando as costas para sair quando ela me chamou

- Você está aqui a muito tempo? Esse lugar é seguro

- Na verdade estou aqui há alguns dias, meu irmão Merle me achou e me salvou - respondi - agora esse é meu lar. Seguro é porém as pessoas não sabem o que espera lá fora

- Ou seja, em uma guerra não saberiam se cuidar

- Exatamente. Pessoas como eu e você sabe o que tem lá fora, e acredite, prefiro estar aqui dentro - ela apenas concordou com a cabeça e então eu sai

Aquela mulher tinha os mesmo olhar que o meu, tenho certeza, assim como eu, ela viu e fez coisas que jamais poderia contar ou explicar e por isso me simpatizei com ela.
Uns três dias depois eu conheci a outra mulher que estava com ela, a mesma se chama Andréa e pelo visto conhece meu irmão Merle. Quando fomos apresentadas ela ficou surpresa.

- Não imaginava que Daryl teria uma irmã. Vocês até se parecem - ela sorri pra mim

- É mas não sei quem ele é, só sei que ele abandonou Merle e isso bem, me faz não querer conhece-lo

- Querida, você não sabe toda a história. Não estou dizendo que Merle deveria ter sido deixado para morrer, mas acredite, ele não é um santo e Daryl jamais o deixou, ao contrário, assim que ele soube o que houve foi atrás do irmão mas não estava mais lá

- Parece que vou ficar sem saber da real história, afinal Merle que está aqui e não Daryl - dei um sorriso sarcástico

Não é que não me simpatizei com essa, apenas que sua energia não bateu com a minha, independente do que Merle pode ter feito, ele me salvou e é meu irmão, fico do lado dele.

Eu estava fazendo a guarda , quando avistei a mulher do quarto andando sozinha, sua cara não era boa, pedi que alguém me cobrisse no portão e fui até lá falar com ela.

- Está tudo bem?

- Ah oi, é você - sua expressão ficou mais suave - apenas não sei se posso confiar nesse lugar e no governador

- Eu sei que no começo é esquisito mesmo - eu disse tentando amenizar a situação - também desconfiei desse lugar - fui sincera - mas até agora não tive problemas, ao contrário, o Governador parece se importar com todos

- Qual seu nome ? - ela perguntou - eu me chamo Michonne

- Victoria mas pode chamar de Vicky - eu dei um sorriso sincero que a bastante tempo eu não dava e estendi minha mão para comprimento-la

E então fomos caminhando e ela foi me contando de quando estava na floresta e conheceu Andreia e eu contei de como cheguei aqui em Woodbarry.

"Agarrem-se um ao outro, seremos estranhos ao irmão
Nós somos um , nós continuamos". - We carry on