The beginning

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Lia's point of viewAntes

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Lia's point of view
Antes

Senti uma enorme vontade de jogar o despertador na parede quando o mesmo tocou aquele barulho irritante.

Suspirei saindo debaixo da coberta e desligando o aparelho. Me levantei e fui direito pro banheiro.

Já de uniforme, estava tomando café quando escutei algo do jornal na TV.

Se estão ouvindo isso, fiquem em casa hoje! Algo está fora de controle, pessoas estão atacando as outras. Os militares vão dar um jeito nisso. Fiquei seguros! Peguem tudo o que conseguirem pra-

A mulher foi interrompida por um grito, parecendo vir de quem estava filmando e sangue sujou a lente da câmera. Me assustei vendo a jornalista correr e mais a frente uma mulher a atacar.

Mas que diabos?

Escutei o telefone tocar e atendi rapidamente, já descendo as escadas pra ir até meu carro.

— Alô? — perguntei enquanto entrava no veículo.

Filha? Filha 'tá aí? 'Tá me ouvindo? escutei a voz de meu pai do outro lado da linha.

— Pai! Tem alguma coisa, aqui 'tá uma bagunça! Tem pessoas atacando e...e a mulher do jornal ela-

Eu sei, filha. Eu sei. Me escuta 'tá legal? Quero que me escute. Os militares não vão dar um jeito em nada, é mentira. Essas coisas, não são pessoas.

— O que? Pai, o que 'tá acontecendo? Eu 'tô com medo. O que eu faço? — perguntei assustada.

Liguei o carro e comecei a dirigir em direção à delegacia. Talvez lá eu poderia ter respostas.

Eles vão tentar te atacar, não deixe chegarem perto. Escute o papai, você vai até a delegacia pegar armas. Pegue tudo o que conseguir e dirija até aqui, tudo bem?

Lágrimas surgiram em meus olhos e um homem ensanguentado pulou na frente do meu carro. Me assustei com o barulho e o celular caiu de minha mão.

Filha? Lia!

Escutei a voz do meu pai mas não conseguia pegar o celular. Mais três pessoas ensanguentadas se jogaram no carro me assustando, em um segundo perdi o controle fazendo o carro bater com tudo num poste.

Senti um caco de vidro voar em meu rosto e logo a ardência em minha bochecha.

Desencaixei o cinto e saí do carro com certa dificuldade. Quando saí, vi que estava há alguns passos da delegacia.

Tentei andar até lá mas uma mulher se jogou em cima de mim. Tentei segurar ela pelo pescoço com as duas mãos e ela tentava me morder.

— Puta merda! — gritei sentindo seu peso em cima de mim e tentei a jogar pro lado. O sangue da mulher pingava em meu pescoço me fazendo querer vomitar pelo cheiro.

𝑪𝑨𝑴𝑰𝑵𝑯𝑶𝑺 𝑪𝑹𝑼𝒁𝑨𝑫𝑶𝑺, Daryl Dixon Onde histórias criam vida. Descubra agora