Chapter 28

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Season 3, Episode 7-8

"Quando os mortos batem na porta" & "Feitos para sofrer"
Lia's point of view

Depois que aquele idiota me deixou nessa sala, percebi que estávamos em salas próximas já que escutei Merle e Glenn conversando.

O desgraçado falou sobre a Maggie de um jeito nojento e perguntou onde estávamos escondidos. Glenn não disse nada.

Merle o perguntou de novo, logo depois ouvi o som de um soco. Depois outro e outro. Me sentei no chão e tampei os ouvidos com as mãos, como fazia quando era criança e meu pai brigava com alguma de suas namoradas.

Acho que o cara que me deixou aqui era mesmo um idiota já que não em amarrou na cadeira como pensei que faria.

Pelo silêncio deduzi que Merle havia parado de bater em Glenn. Me levantei e me aproximei da parede.

— Glenn? Pode me ouvir? Cadê a Maggie? — perguntei desesperada.

— Lia, é você? Eu não consigo entender.

— O que? Glenn! — gritei batendo na parede mas não ouvi mais nada.

Depois de alguns segundos pude ouvir a voz de Merle e alguns grunhidos. O desespero tomou conta de todo meu corpo. Merle é um psicopata, não duvido de nada vindo dele.

— Glenn! — gritei de novo quando ouvi o zumbi e algo se quebrando.

Ouvi Glenn gritar e algo bater no chão. O zumbi continuava grunhindo. Pelo som, imaginei que ele havia quebrado algo de madeira, provavelmente a cadeira em que estava preso. Alguns segundos depois o zumbi parou de grunhir. Glenn gritou e pude sentir seu ódio.

Respirei aliviada, Glenn está vivo.

Depois de alguns minutos em silêncio, a porta atrás de mim se abriu. Um homem moreno de olhos claros entrou com toda uma postura de dono do mundo. Um ar de arrogância.

Cruzei os braços e me encostei na parede. O observando em silêncio.

— Liam não amarrou você? — o homem perguntou.

Fiquei em silêncio. Ele deu alguns passos em minha direção, mas não me afastei.

— Ele é novato. Mas vamos deixar isso pra lá. Você pode se sentar por favor? — ele disse e se sentou na outra cadeira que havia ali.

Continuei no mesmo lugar. O mesmo suspirou e soltou uma risada baixa.

— Tudo bem. Acho que começamos com o pé esquerdo. Sou o governador, é como me chamam por aqui. Qual seu nome?

Continuei o observando em silêncio.

— Podemos fazer isso do jeito difícil. — ele disse pegando uma faca em seu cinto — Me fala seu nome. Agora.

— Lia Walsh. — falei séria.

Sua feição mudou de raiva para surpresa.

— Walsh? Por um acaso é parente de Shane Walsh?

— Sou filha dele.

𝑪𝑨𝑴𝑰𝑵𝑯𝑶𝑺 𝑪𝑹𝑼𝒁𝑨𝑫𝑶𝑺, Daryl Dixon Onde histórias criam vida. Descubra agora