Chapter 01

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Season 1, Episode 1

Author's point of view
"Dias Passados"

Lia andava calmamente pelas ruas, o sol escaldante torrava sua testa, a deixando mais cansada ainda. Já faziam horas que ela estava andando.

O mapa em sua mão direita já estava molhado pelo suor da garota. Sua água já tinha acabado e faziam dias que ela não comia mais que algumas nozes.

A sorte está ao meu favor.

Ela pensou ironicamente enquanto checava em qual rua estava. Viu que estava começando a ser perder já que o mapa estava meio apagado e com rasgos.

— Puta merda. — ela disse baixo e de repente ouviu gritos e o relinchar de um cavalo.

Ela se assustou e quis se virar e correr até seu acampamento mas pensou que podia ser alguém precisando de ajuda.

A morena revirou os olhos e tirou a arma do cinto, agora segurando firmemente pra cima.

Ela andou devagar em direção ao barulho. Lia matou dois zumbis que se aproximavam com sua faca. Quando virou na rua a frente ela se assustou com a quantidade de zumbis ali. Eles cobriam a rua inteira.

Lia viu um cavalo sendo abatido pelos walkers e viu um homem com roupa de xerife mais a frente.

— Mas que merda! — ela exclamou desviando de alguns zumbis que andavam em sua direção.

— Entra no tanque, te dou cobertura! — Lia gritou chamando a atenção dele pra ela.

O homem se virou mas ela não conseguiu ver seu rosto pela quantidade de walkers em sua frente.

Lia atirou em um zumbi que estava prestes a morder o xerife e ela sabia que não dava pra passar ali.

Ela correu dando a volta no quarteirão, uma grande quantidade seguia ela. Apenas um tropeço e ela estaria morta.

A morena continou correndo com dificuldade pela fraqueza, mas logo a frente viu o tanque que o suposto xerife tinha entrado. Pelo menos ela esperava.

Lia viu a quantidade de zumbis embaixo do tanque e pensou que ele havia entrado por lá.

A mulher pegou uma grande placa de metal caída na rua e jogou em outra direção atraindo alguns pra lá.

Mais alguns tiros e o caminho estava limpo. Lia não esperou muito pra ir até o tanque. Com dificuldade pelo cansaço e pela mochila em suas costas, ela subiu no veículo abrindo a portinha no teto e jogou a mochila lá. Logo depois entrando.

A mulher fechou a portinha, deixando o lugar mais escuro, e se jogou no chão ofegante.

Quando olhou pra frente viu uma arma apontada pra sua cara e ela logo pensou na merda que tinha feito em ajudar esse homem.

— Que porra! Acabei de salvar sua bunda e vai apontar isso pra mim? — ela resmungou puta enquanto se sentava.

— Qual seu nome? — o homem perguntou a ignorando.

— Lia. Lia Walsh. Agora abaixa essa merda.

— Walsh? — o homem perguntou saindo do escuro do tanque, revelando seu rosto.

— Mas o que...Rick? — a morena abriu a boca em choque e ficou ali paralisada o encarando.

— Lia!

Ele exclamou abraçando a garota no chão enquanto ela sorria. Lágrimas surgiram em seus olhos enquanto ela se perguntava se não estava sonhando.

O melhor amigo de seu pai, o homem que a viu crescer e que era um segundo pai estava ali com ela.

— Puta merda é você mesmo! Como? Por que está aqui em Atlanta?

Rick se separou do abraço sorrindo mas logo seu sorriso se desfez e ele voltou a se sentar também.

— Estou procurando a Lori e o Carl. Eu levei um tiro há um tempo atrás, acordei ontem no hospital. Não sabia disso tudo, um homem me ajudou.

— Meu Deus...sinto muito, Rick. Mas não sobrou nada aqui. Atlanta foi evacuada logo no começo. Os militares tentaram conter mas não funcionou.

— Um homem, Morgan. Me disse que tem um lugar. Um centro de refugiados. Talvez estejam lá.

— Como sabe que estão vivos?

— Quando saí do hospital fui em casa. Achei que estivessem mortos, as roupas não estavam lá. Mas os álbuns de foto, sumiram.

Lia pensou por alguns segundos tentando entender.

— Lori as pegou. Sei disso. Estou confiante de que eles estão nesse acampamento, só preciso chegar lá.

— Tudo bem. — Lia sorriu se levantando e Rick a olhou sem entender — Vamos te tirar daqui, xerife. Você vai achar sua família.


— E seu pai? — Rick perguntou cuidadoso, tocando o ombro da mulher.

Lia apenas fez que não com a cabeça e sorriu levemente. Rick entendeu e pareceu ter sido nocauteado pela notícia.

— Sinto muito.

— Eu também. Eu não estava aqui quando aconteceu. Procurei por ele em todo canto.

Ela sorriu e Rick se levantou também.

— Mas agora me diz. Que roupa é essa, estava indo pra uma festa a fantasia? — Lia brincou.

— Engraçadinha. Preste atenção, tem uma bolsa de armas lá fora. Limpei a delegacia antes de vir. Precisamos dela.

— Não dá. Assim que sairmos daqui vamos ter de correr, correr muito. Se pararmos pra pegar a bolsa, morremos.

Rick a encarou parecendo pensar.

— Certo. Mas como vamos-

O rádio do tanque chiou interrompendo o xerife.

Ei otários, é vocês dois no tanque. Estão se divertindo aí dentro?

A voz de um garoto soou pelo veículo e Lia encarou Rick que olhava questionador para o rádio.

Seria um longo dia.

Seria um longo dia

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𝑪𝑨𝑴𝑰𝑵𝑯𝑶𝑺 𝑪𝑹𝑼𝒁𝑨𝑫𝑶𝑺, Daryl Dixon Onde histórias criam vida. Descubra agora