Chapter 04

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Season 1, Episode 4

Lia's point of view
"Vatos"

Urgh! — o caipira rosnou e de repente apontou a besta pra T-dog, sem pensar duas vezes apontei minha pistola pra cabeça dele.

Rick fez o mesmo com seu revólver. Nós três ficamos parados por alguns segundos, mas minha mão não tremia. Um passo errado e o cérebro desse idiota já era.

— Não me importo se todos os zumbis escutarem, eu não vou exitar. Abaixa. — pedi calma, confiante, e o caipira logo abaixou.

Rick abaixou o revólver também mas eu continuava com a minha arma apontada. Todos respiravam pesadamente.

— Lia. Abaixa a arma. Lia! — Rick me tirou do transe abaixando minha mão devagar, o caipira me olhava com raiva.

— Você tem um lenço pra emprestar? — ele perguntou pra T-dog que tirou algo do bolso e o entregou.

Me sentei no cano de ferro e encarei o caipira. Ele se abaixou estendendo o lenço no chão, depois pegou no dedo mindinho e levantou a mão colocando-a no lenço.

— Acho que a serra tava muito cega pras algemas. Olha só que coisa.

Eu e Glenn o encarávamos com nojo.

Que idiota pega uma mão decepada e guarda?

O caipira foi até Glenn e guardou a mão dentro de sua mochila. Logo depois começou a examinar o sangue no chão dizendo que Merle provavelmente tinha feito um torniquete.

— Teria mais sangue se não tivesse feito, não é? — perguntei e ele me olhou indagador, apenas dei de ombros.

O estressadinho começou a seguir a trilha de sangue que dava em uma porta escrito "Perigo" em uma plaquinha amarela. T-dog pegou as ferramentas de Dale e nós seguimos o caipira.

Peguei a faca no coldre ainda com a arma na mão direita, não sabíamos o que esperar. 

— Merle, você 'tá aqui? — Daryl gritou e todos descemos as escadas atrás dele.

Fomos parar no térreo daquela parte do prédio e ainda procurávamos o babaca. Rick e Daryl iam na frente, logo atrás eu e Glenn e por último T-dog.

No chão havia dois zumbis mortos e Daryl fez o comentário de que Merle conseguiu matar os dois com uma mão.

O caipira falou sobre como o babaca era durão enquanto engatilhava a besta e eu só conseguia revirar os olhos, recebendo um cutucão de Glenn.

— Merle! — Daryl gritou e Rick o repreendeu — Que se dane. Ele 'tá sangrando, você mesmo disse. — o caipira resmungou e nós seguimos os respingos de sangue.


Mais a frente um cinto se encontrava em cima da bancada suja de sangue e um fogão aceso.

— Ele cauterizou o punho. — comentei e Glenn olhou aquilo com nojo. Confesso que por dentro meu estômago revirava.

— Eu disse que ele é durão. Ninguém mata ele se ele não quiser. — o caipira disse me olhando e eu apenas revirei os olhos de novo.

𝑪𝑨𝑴𝑰𝑵𝑯𝑶𝑺 𝑪𝑹𝑼𝒁𝑨𝑫𝑶𝑺, Daryl Dixon Onde histórias criam vida. Descubra agora