𝑪𝑨𝑴𝑰𝑵𝑯𝑶𝑺 𝑪𝑹𝑼𝒁𝑨𝑫𝑶𝑺, Daryl Dixon

Chapter 51

Season 5, Episode 6

"Consumidos"
Daryl's point of view

— Ficaram só você e a Beth? — Carol perguntou ao meu lado.

— É.

— E você a salvou?

— Ela é durona, ela se salvou. — respondi.

Carol estava fugindo. Sei que estava.

Depois da prisão algo estava incomodando ela. Quando Lia veio atrás de mim, tive medo de que ela pensasse que eu estava fugindo dela. Eu não estou.

Eu não fugiria sem ela e odeio o fato de saber bem disso.

Carol e eu estávamos conversando quando o carro preto com uma cruz branca passou por nós. O mesmo carro que levou a Beth.

Agora estamos atrás dele.

— Rick e Lia devem estar pensando onde fomos. O tanque 'tá ficando vazio.

— Lia te viu sair?

— Ela...viu. Me despedi e vim atrás de você.

— Certo. Podemos resolver isso rápido, tirar ele da estrada. — Carol sugeriu.

— Não, tem um pouco ainda.

— Se estiverem com ela, podemos fazer quem está no carro falar.

— É, mas se não falar voltamos à estaca zero. Agora a gente tem a vantagem. Vamos ver quem são, se for um grupo vamos ver o que podem fazer. Aí a gente dá um jeito de trazer ela de volta.

— Estão indo pro Norte, I-85. — ela disse.

O escuro da noite nos dava a vantagem de não sermos vistos. Se conseguirmos descobrir alguma coisa desse grupo, podemos voltar pra igreja e bolar um plano.

Só precisamos que Beth volte pra nós. Pra casa.

Dirigi mais alguns minutos antes de ver onde estávamos chegando, Atlanta. Onde tudo começou.

O imbecil no carro de repente parou e nós paramos mais atrás. Encaramos o carro confusos.

Até que vimos dois deles saírem do carro. Vestidos de...policiais?

— É um policial? — perguntei retóricamente — Estão em dois.

— Podem ter visto a gente. — Carol falou, concordei mentalmente.

Ficamos ali ainda observando os idiotas. Vimos um dos dois deixar o carro ali e sumir.

Levamos um susto quando um zumbi bateu na janela de Carol. Rosnei irritado. Vi o cara que saiu voltar com uma bicicleta e largar ali no chão. Ele olhou na nossa direção por alguns segundos antes de entrar de novo no carro. Deram partida.

Tentei ligar o carro mas não funcionou.

— Merda, o tanque secou. — falei e a encarei — Eles deviam ter pego a saída mas não pegaram. Devem estar na cidade em algum lugar.

Pelos grunhidos mais zumbis se aproximavam.

— Temos que ir, achar um lugar pra passar a noite. — comentei.

— Conheço um lugar à alguns quarteirões. Podemos chegar lá.

[...]

Chegamos no tal lugar. Não sei que tipo de lugar é esse mas parece ser silencioso. Tentei pensar em como Carol sabia da existência dele.

Entramos. Achei um molho de chaves com um zumbi e adentramos uma porta de vidro.

— Você trabalhava aqui, tinha algum lance? — perguntei.