Chapter 10

1.4K 118 11
                                    

Season 2, Episode 1

Lia's point of view
"O que vem a seguir"

— E então, vai me contar o que houve? — Maggie me perguntou sobre os machucados enquanto saíamos da farmácia.

— Uma briga. Um homem e uma mulher. Tentaram me matar.

— E por quê? — ela perguntou desamarrando o cavalo.

— Eram pessoas ruins. Entrei em um chalé pra passar a noite, não sabia que moravam lá.

— Passar a noite? Você fica andando por aí sozinha?

Suspirei e olhei pra baixo.

— Eu 'tô procurando meu pai. É uma longa história. Ele foi pro CCD.

— CCD? Aquele lugar já era, não sobrou nada lá.

— Como assim não sobrou nada?

— O lugar caiu, Lia. Foi evacuado na primeira semana.

Seu olhar pesou sobre mim e o choro ficou preso em minha garganta.

— Olha eu moro aqui perto, numa fazenda, meu pai é veterinário. Ele pode dar uns pontos na sua perna.

Respirei fundo e a encarei. Eu precisava descansar, sei disso. Minhas costelas doíam e minha panturrilha não ia aguentar sem pontos. Mas eu precisava continuar procurando.

— Tenho que achar meu pai. Mas obrigada. Foi bom te conhecer, tome cuidado.

Sorri pra ela e comecei a andar. Ouvi ela vir atrás de mim.

— Espera, espera. Olha você não vai aguentar por aí sozinha. Precisa comer e descansar. Me deixa retribuir a ajuda.

Parei e a olhei. Pensei por alguns minutos e sabia que ela não ia desistir, ela não tinha cara de desistir fácil.

Fiquei com medo pela noite passada mas me lembrei que não tinha nada a perder. Meu pai provavelmente acha que estou morta agora.

Suspirei e concordei com a cabeça vendo a mesma sorrir pra mim.

— Um dia. Seu pai dá os pontos e a noite eu volto pra estrada.

— A noite? Não mesmo! Você vai passar a noite e vai votar pra estrada de manhã. — ela falou e eu revirei os olhos sorrindo.

— Tem medo de cavalos? — ela me perguntou e eu concordei.

Nunca tinha montado em um.

— Vem, te ajudo a subir. — ela montou no animal e me estendeu a mão.

— Coloca o pé aqui e pega impulso. Depois passa a perna por cima.

A encarei e apenas fiz como ela disse. No impulso que fiz pra subir minha costela doeu 5 vezes mais e eu gemi de dor. Maggie pareceu perceber e me puxou com mais força.

Passei a perna por cima do cavalo e finalmente consegui me sentar junto de Maggie, na sela. Ela sacudiu a rédea e o animal começou a caminhar.

𝑪𝑨𝑴𝑰𝑵𝑯𝑶𝑺 𝑪𝑹𝑼𝒁𝑨𝑫𝑶𝑺, Daryl Dixon Onde histórias criam vida. Descubra agora