𝑪𝑨𝑴𝑰𝑵𝑯𝑶𝑺 𝑪𝑹𝑼𝒁𝑨𝑫𝑶𝑺, Daryl Dixon

Chapter 48

Season 5, Episode 1

"Sem santuário"
Lia's point of view

— Filho da puta! — praguejei acertando meu machado no zumbi, sua cabeça se partiu ao meio.

Passei meus dedos por seu sangue e marquei a árvore com um L. Pra não me perder completamente.

Se é que ainda não me perdi.

Ontem, depois que saí daquele lugar, continuei seguindo algumas pegadas e agora estou na floresta. Tentando achar elas de novo.

Me sentei no chão por alguns minutos. Sentindo o cheiro podre do zumbi. A mata está silenciosa. Acho que em menos de 2 horas chego ao Terminus. E isso tudo acaba.

Suspirei me levantando. Ficar parada aqui não vai me ajudar em nada. Guardei o machado e chequei o pente da pistola.

Dei alguns passos pela floresta e ouvi passos. Me escondi atrás da árvore e peguei a faca no cinto.

Achei que fosse um ou dois mas quando vi aqueles zumbis todos ali, dezenas deles, me assustei.

Respirei fundo, se eles me vissem já era. Faz dias que não como e não durmo, não conseguiria matar todos eles sozinha.

Um deles se aproximou da árvore e quando me preparei pra matá-lo inúmeros tiros cortaram o ar fazendo um barulho estrondoso.

Todos eles se viraram e começaram a ir em direção ao som. Em direção ao Terminus.

O zumbi que matei estava em minha frente. Tive a ideia de me cobrir com o sangue dele e ir até o Terminus ver o que estava havendo lá. De jeito nenhum iria entrar pela porta da frente no meio de um tiroteio.

Chequei para ter certeza de que a horda já havia passado e finquei minha faca na barriga do desgraçado.

Depois de passar o sangue podre pelas minhas roupas e meu rosto. Segui caminho para o lugar. Os tiros já haviam parado.

Fui pela floresta com a pistola na mão. Tomando cuidado para não ser reconhecida. Andei em passos lentos por alguns minutos antes de atravessar os trilhos.

Vi as grades do lugar, cobertas de folhas e a enorme placa escrito Terminus. Franzi o cenho ao perceber que tudo estava quieto demais do lado de fora.

Esperei por alguns minutos, talvez eles fizessem alguma ronda. Mas ninguém apareceu. Segui em frente.

Havia alguém ali, na grade, coberto com lama e sangue também. Usava uma capa e estava com uma arma.

Me aproximei devagar, coloquei a pistola em sua cabeça e a destravei.

— Larga a arma e se vira. — falei.

A pessoa ficou alguns segundos parada e então soltou a arma devagar. Aos poucos ela se virou.

Minha respiração falhou.

— Lia? — ela perguntou.

Eu reconheceria aqueles olhos em qualquer lugar. Não exitei em pular no pescoço de Carol e a abraçar com toda a minha força.