Poesia 2 | Teto

4.

• Vitória •

Terminei de arrumar minhas coisas pra ir embora e quando eu ia saindo do meu estúdio dei de cara com a Sabrina.

— Desculpa, Sabrina.

— Mas eu não.

— O que que tu quer em? — Falei já sem paciência.

— Eu quero que você pare de dar em cima do meu namorado.

— A última coisa que eu quero agora é olhar na cara dele, então pode ficar tranquila com ele. Ou não também, talvez a próxima que seja traída seja você.

— Tá falando que o Teto te traiu?

— Praticamente isso, mas como ele diz, a gente nem tava junto. Eu realmente preciso ir agora, felicidades a vocês.

— Pera aí, Vitória. — Me virei pra ela de novo. — O que vocês tavam conversando mais cedo?

— O que ele falou pra você?

— Que era sobre trabalho.

— Então é sobre isso, tchau, Sabrina.

— Vitória! Eu preciso que você me fale.

— Se não, o que? Caramba, o que isso muda na sua vida?

— Muda tudo, o fato de você ter voltado pra Fortaleza fez ele ficar estranho.

— Até você? Vocês realmente se merecem! — Já não bastava o Clériton agora a namorada surtada dele?

— Não é essa a questão, é que desde que você chegou ele tá estranho.

— Problema dele, tô nem aí também. — Igual ele tava quando começou a namorar a Sabrina. — Deixa eu ir embora vai, tenho mais o que fazer.

...

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Luccas.sprr
Oi
Tem um baile perto da avenida hj
Cê quer ir?

Vitória_
Sim
Tenho nada pra fazer hoje
mesmo

Luccas.sprr
Blz
Eu posso te buscar se quiser
Começa às 23h

Vitória_
Quero sim
Até

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Festa! Tava precisando destrair minha cabeça mesmo, e acho que isso é uma das coisas que pode me ajudar.

Logo que terminei de me arrumar ouvi uma buzina e saí de casa vendo Luccas dentro do carro.

— Oi, Luccas. — Falei entrando.

— E aí, como você tá? — Me cumprimentou com um beijo na bochecha.

— Tô bem. Vamos então?

— Agora. — Deu partida no carro.

...

Dançava com uma lata de cerveja na mão. Descia e subia ao som de DJ arana. Simplesmente melhor vibe.

Luccas se aproximou de mim e começou a dançar comigo.

— O que foi? — Perguntei no ouvido dele por causa do som alto.

— Nada. — Sorriu. — Por quê?

— Você tá me olhando demais. — Riu.

— Tô te admirando. — Sorri envergonhada.

— Sou tão linda assim pra você?

— Pra caralho, até perco o ar. — Ri.

— Não é pra tanto, Luccas.

— Ah é sim, pode acreditar. — Aproximei nossos rostos iniciando um beijo calmo.

De um segundo pro outro parecia que não tinha mais ninguém ali, apenas eu e o Luccas.

— Você ainda quer ficar aqui? — Perguntou malicioso e neguei. — Quer conhecer meu quarto? — Sorri confirmado.

Ele segurou minha mão me levando pro carro.

...

Ele abriu a porta e me levou pro quarto. Me jogou na cama e subiu em cima de mim continuando o beijo

Ajudei ela a tirar minha blusa que começou a chupar e a beijar meu pescoço.

Abaixei minhas mãos que estavam na sua nuca até o fecho da sua bermuda. Ele segurou minhas mãos e encarei ele.

— Tem certeza? — Assenti e ele tirou a bermuda pegando uma camisinha na cômoda do lado da cama.

...

Acordei com a Luz do sol na minha cara e abri os olhos com dificuldade. Olhei em volto vendo onde tava e sorri lembrando da noite anterior.

Olhei pro lado procurando o Luccas e não achei. Me levantei e vesti uma blusa dele que peguei do guarda roupa e sai do quarto procurando ele.

Vi ele na cozinha e me aproximei.

— Bom dia. — Me apoiei na bancada.

— Bom dia, Vih. — Deixou um selinho nos meus lábios. — Dormiu bem?

— Dormi sim. O que você tá fazendo?

— Panqueca doce.

— Hmm, além de gostoso é cozinheiro? — Riu

— Eu tenho minhas habilidades. Você trabalha hoje?

— Infelizmente sim, mas eu só entro às 13h então tá tranquilo. — Se aproximou abraçando minha cintura e deixou alguns selinhos na minha boca.

— Mesmo? — Sorri assentindo e ele começou um beijo me colocando em cima da bancada.

Depois disso já sabem o que aconteceu.