8.

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• Teto •

— Valeu aí. — Desci da van que parou na frente do prédio da Sabrina.

Bati na porta do apartamento dela e ela abriu com uma cara nada boa.

— Oi, amor, o que houve? — Perguntei indo abraçar ela mas se afastou.

— Você é tão sonso. — Entrei e fechei a porta.

— O que? — Se virou me mostrando uma foto minha da Vitória rindo.

Alguém deve ter tirado essa foto ontem e mandado pra Sabrina.

— Sabrina, a gente só tava conversando, não tem nada de mais nessa foto.

— Você sabe que eu sou insegura com ela.

— Não tem motivo!

— Ai, Clériton, eu não quero ter essa conversa de novo. — Passou a mão na cabeça. — É tudo sobre a Vitória pra você.

— Amor, a gente trabalha juntos como que eu não vou falar com ela.

— Sei lá, mas eu tenho medo de perder você.

— Mas você não vai. — Me aproximei.

— Como tem tanta certeza?

Não tenho...

— Por que eu amo você.

— Mas ela também.

— Vamos esquecer isso por favor, foi só uma conversa, não deu em nada. — Suspirou assentindo e me abraçou.

• Vitória •

— Você já namorou o Teto, foi? — Assenti saindo do banheiro. — E por que terminaram?

— Eu viajei pra fazer faculdade e nosso namoro a distância não tava dando muito certo, daí a gente terminou. — Deitei do lado dele apoiando minha cabeça no seu ombro. — Mas fizemos uma promessa que quando eu voltasse a gente ia sentar pra conversar e talvez reatar o namoro, só que quando eu cheguei aqui ele já tinha outra namorada.

— Que merda. Você acha que ele fica um pouco mexido ainda?

— É, acho que sim. Ele tenta se desculpar, mas é uma coisa difícil pra mim. Eu amava tanto ele.

— E não ama mais?

— Eu nem sei dizer, Luccas. — Suspirei. — Mas pra mim desculpar ele vai ser difícil.

— Entendi.

— E você? Já namorou? — Perguntei.

— Já, mas faz uma cotinha já. Nem sei como tá a mina.

— Sente saudades dela?

— Sinto nada! — Sorri. — Você namoraria comigo? — Encarei ele sem jeito.

— Isso é um pedido ou é só um pergunta?

Poesia 2 | Teto Onde histórias criam vida. Descubra agora