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• Vitória •

Eu realmente me senti muito mal pelo o que aconteceu comigo e com o Teto, mas eu não posso negar que o amor que eu sinto por ele e ele por mim é muito maior do que o tudo que aconteceu.

Às vezes paro e penso "por que eu desculpei ele depois disso? E se acontecer de novo?" Mas daí lembro de tudo que ele fez pra me reconquistar, talvez possa chamar isso de amor verdadeiro.

Acredito também que ele ter namorado a Sabrina enquanto eu tava fora era uma maneira de esconder a saudades que sentia por mim, mesmo que não faça sentido era um jeito dele sentir que eu estava com ele, eu e ela tínhamos gostos parecidos.

Uma vez minha mãe me falou "o que é pra ser nosso sempre volta" e desde então eu nunca esqueci e eu acredito muito nisso e no destino e, que eu e o Teto fomos feitos um pro outro.

Hoje é dia 5 de março e alguns dias atrás, vulgo 24 de fevereiro, fui pedida em casamento, que a propósito é a mesma data que foi lançada poesia acústica 12. Alguns podem achar que somos novos pra isso, mas quando a gente ama de verdade nunca é cedo.

Soltei algumas caixas no canto da nossa casa.

— O que cê acha da tv ir aqui? — Falei enquanto olha a parede e media com as mãos. Senti os braços deles passarem pela minha cintura e em seguida um beijo no meu pescoço.

— Você que manda. — Me virei passando meus braços pelo seu pescoço e iniciando um beijo calmo.

— Bom dia pra vocês também! — Clara, Tuê e Wiu passaram pela porta interrompendo nosso momento.

— Cês são um bando empata foda. — Falei.

— Agora não é momento de fazer meus sobrinhos. Vamos terminar isso logo por que eu tô só pelo churrasco.

— Concordo com a Clara. — Wiu falou.

Ficamos a tarde inteira mobiliando nossa casa, a língua trabalhava mais do que a gente, mas o importante é que terminamos.

— Oh glória! — Wiu disse assim que terminamos.

— Agora cês tão liberados pra fazer nossos sobrinhos, viu? — Tuê falou passando um braço pelos ombros da Clara.

— Não é uma má ideia. — Teto falou e me encarou com um sorriso malicioso.

— Cês não prestam. — Ri. — Mas valeu pela ajuda, amanhã a gente se vê.

— Vamo então que ela já tá expulsando a gente.

— Ah é, Wiu. — Revirei os olhos e assim que eles saíram fechei a porta.

Me virei vendo que o Teto me encarava.

— Nem pensa, tô cansada. — Passei meus braços pelo seu pescoço.

— Cê sabe que meu sonho é ter um filho seu. — Assenti.

— Claro que sei vida, mas pra tudo tem um momento certo.

— Nisso você tá certa.

— O que quer dizer com isso?

— Vem cá. — Segurou minha mão me levando pro quintal.

— Quando foi que você ligou essas luzinhas? — Perguntei.

— Já faz mais ou menos 4 anos que estamos juntos, claro sem contar o período que você tava em nova York e quando eu tava com... Você sabe quem. Mas enfim. — Dei um sorriso fraco. — Foram os melhores momentos da minha vida, estar do seu lado me faz me sentir melhor, a pessoa mais feliz do mundo e qualquer que seja a dor que eu tô sentindo, assim que eu olho pra você, tudo passa. Eu sei que é brega. — Ri assentindo. — Mas eu não me importo de ser brega quando se trata de você. — Acho que caiu um cisco no meu olho. — Então, Vitória Almeida — Se ajuelhou tirando uma caixinha de veludo do seu bolso. — Quer se casar comigo minha madame excalibur?

— É claro que eu aceito, Sávio! — Se levantou me dando um abraço e eu selinho em seguida. Ele limpou as lágrimas que insistiam em cair do meu rosto e colocou o anel na minha mão e eu na mão dele. — Eu também quero falar uma coisa.

— O quê? — Sorriu e suspirei antes de começar a falar.

— Depois do meu primeiro relacionamento, eu achei que demoraria pra encontrar outra pessoa que eu realmente amasse, mas aparentemente, Deus não quis assim e eu agradeço muito por que eu não sei outra forma que o universo colocaria você na minha vida. E mesmo depois de tantas brigas e intrigas, eu não me arrependo de nada, se foi pra me fazer chegar até aqui com você. — Sorriu largo. — Eu te amo, Sávio.

— Eu te amo. — Se aproximou do meu rosto aproximando um beijo calmo. Parei o beijo por falta de ar.

— Eu vou deitar. — Falei. — Cê tentou né? — Rimos

— Cê é complicada. — Veio atrás de mim.

— Mas você ama.

— Lógico!

Poesia 2 | Teto Onde histórias criam vida. Descubra agora