Poesia 2 | Teto

13.

• Vitória •

Bati na porta esperando alguém abrir e dei de cara com o aniversário.

— Wiu! Meus parabéns, amigo! — Abracei ele.

— Oi, Vih. Obrigado. — Sorriu e me soltou dando espaço pra mim entrar.

— Você conhece bastante gente.

— Os baile de Fortal não tem pra ninguém. — Ri.

— Aqui seu presente. — Entreguei.

— Valeu! — Esperei ele abrir. — Uma piteira com meu nome. — Riu. — Cê é demais. — Me abraçou de lado e sorri. — Fica a vontade aí, viu? — Assenti.

Olhei em volta procurando a Clara e o Tuê e quando achei fui até eles.

— Oioi. — Falei.

— Oi, Vih. Cê já viu o Wiu?

— Já sim, e também entreguei o presente.

— O que você deu pra ele? — Tuê perguntou.

— Uma piteira com o nome dele. — Riu.

— Boa, quero uma dessas no meu aniversário também.

— Assim você estraga o sentido de presente.

— Oi gente. — Teto falou parando do meu lado.

— E aí. — Matheus falou fazendo um cumprimento com ele.

— Me admira a Sabrina não tá aqui com você. — Falei.

— A gente terminou. — Coçou a nuca e levantei à sombrancelhas assentindo. — Eu vou ir dar parabéns pro Wiu.

— Que climão. — Tuê falou.

— Ficar no mesmo lugar que ele é estranho ainda. — Falei.

— Você vai tentar se resolver com ele? — A Clara perguntou.

— Sei lá, é difícil ainda, mas não é legal eu ficar assim justo com o cara que eu fotógrafo. — Assentiu.

— Ele tá louco pra se resolver com você, então logo você consegue. — Tuê falou e logo bebericou seu copo com alguma bebida alcoólica.

— Ele e a Sabrina terminaram por causa minha, não foi? — Perguntei e os dois assentiram. — Eu vou pegar alguma coisa pra beber. — Sai dali indo pra cozinha da casa.

— E aí, Vih! — Kawe falou assim que me viu.

Puta merda.

— Kawe, oi! — Sorri falso.

— Como você tá? Faz um tempo que a gente não se vê né?

— Pois é. Tô sem tempo esses dias, sabe como é, muito trabalho.

— Pode pá, também tô assim, mas graças a Deus.

— É.

— Eu queria falar sobre aquele dia...

— Eu tava muito bêbada, desculpa. — Ri nervosa fazendo uma mistura no meu copo.