Poesia 2 | Teto

12.

• Teto •

Ouvi o barulho da porta abrir e olhei pra trás vendo o Matuê e o e o Wiu.

— Terminou? Já são onze horas, tu tá aí desde as duas horas, cara.

— Eu fiz 4 músicas pra ela. Será que ela vai gostar?

— Claro que vai, ela era sua fã pelo menos antes de entrar na trinta. Não deve ter deixado de ser né? — Tuê disse.

— Isso faz quase quatro anos, mano.

— Caralho, tô ficando velho. — Tuê falou.

— Tanto que seu filho vai fazer cinco anos também.

— Caraca, daqui a pouco ta aparecendo cabelo branco em mim.

— Já tem um aí ó.

— Nem brinca com isso, Wiu. — Colocou a mão no peito.

— Mas enfim, vocês acham que eu devo mandar quando? — Perguntei.

— Quando teu coração mandar, cara. — Wiu falou.

— É, talvez agora não é o melhor momento de vocês.

— Ela quer é me fazer ciúmes, e eu não gosto nada disso. — Falei.

— Pensa em conversar com a Sabrina por agora, vai ficar ruim pra você se resolver com a Vih enquanto ainda tá com a Sabrina. — Tuê falou e assenti.

— Tem razão, eu vou fazer isso. — Peguei meu celular mandando mensagem pra ela pra nós encontrarmos na minha casa.

— Vamo embora então que eu preciso fechar o qg. — Se levantou e logo eu e o Wiu fomos atrás.

— Quer uma carona, Wiu? — Perguntei abrindo meu carro.

— Já que insiste. — Entrou no carro.

— Tchau, Tuê. — Falei

— Tchau pra vocês, e boa sorte com a Sabrina.

— Valeu. — Entrei no carro dando partida.

Deixei o Wiu na casa dele e fui direto pra minha onde a Sabrina tava me esperando.

Estacionei o carro e subi até meu apartamento encontrando a Sabrina do lado de fora me esperando.

— Demorou.

— Foi mal, ainda tive que levar o Wiu na casa dele. — Abri a porta num completo silêncio e entramos.

— O que você tem pra dizer?  — Perguntou.

— É sobre nossa última briga.

— O que tem? — Se sentou no sofá meio tensa.

— Eu acho que a gente não pode mais...

— Ficar juntos? — Assentiu com os olhos marejados. — Tem razão, por que desde que aquela tal de Vitória chegou você nem olhos tem pra mim.