𝐄𝐋𝐎𝐐𝐔𝐄𝐍𝐂𝐄 - 𝐘𝐚𝐬𝐦𝐢𝐧 𝐁𝐫𝐮𝐧𝐞𝐭

eight.

Carol acordou tarde no dia seguinte, e sua dor de cabeça indicava excesso de bebida na noite passada, mas ela não se importava, se lembrava exatamente de como havia terminado a noite, e só de pensar nisso seu coração seria capaz de dar piruetas. Com apenas um beijo, Carolina foi capaz de sentir coisas que nem em relações de meses se permitiu sentir. Como isso era possível? Nem a própria morena sabia.

Se virou apenas para observar a mais velha ao seu lado, as luzes ainda estavam desligadas, mas ainda assim era possível ver cada detalhe de seu rosto, e Carol não poupou esforços nisso. Cada cantinho de Yasmin encantava e demais a mais nova, como ela gostaria de repetir aquele beijo todos os dias, sentir sua boca em contato com a da mais velha foi como conhecer o céu, o anjo mais lindo. Acho que Yasmin no geral tinha esse efeito nela.

Antes que pudesse ser pega de surpresa pelo despertador ou por Yasmin a pegando no flagra enquanto a observava, se levantou com cuidado e saiu do quarto. Ela só foi em direção à área externa e se sentou lá, sozinha, pensando na vida que no momento parecia um pouco fora da realidade do que ela sequer poderia imaginar que aconteceria.

— Viajando nos próprios pensamentos? — ouviu uma voz familiar, se virou e lá estava Vanessa, com uma cara de sono e esfregando os olhos, ainda se adaptando com a claridade.

— Estou no paraíso.

— E eu estou no mundo da ressaca. Como você não acorda com dor de cabeça?

— Eu diria que é um dom.

— E eu diria que eu tenho inveja de você. — deita sua cabeça no colo da mais velha, que abre espaço e faz um carinho em seu cabelo enquanto ria da fala da amiga.

— Como foi sua noite?

— Sei lá, só capotei. E a sua?

— Nada demais, só eu e a Yasmin. — disse indiferente, até sua amiga a olhar surpresa, mostrando que ela podia parar de brincar. — A gente se beijou ontem antes de dormir.

— Nem fodendo! — se levanta do colo, mas não fica de pé. — Parabéns amiga! Não é mais virgem de beijo! — em resposta a sua brincadeira, recebeu um tapa no braço.

— Vai, me conta. O que eu perdi enquanto eu dormia?

— Deixa eu ver... Alane pegou o Nizam, a Anny e o Mateus ficaram de casal, mas não se pegaram, e a Giovanna ficou cheia de papinho furado com um cara que eu nem lembro mais a cara.

— Se eu não te conhecesse, diria que você não está com ciúmes. Uma pena que eu te conheço né. — e riu, sentindo seu corpo ser levemente empurrado e a cabeça de sua amiga se aconchegar em suas pernas novamente. — Mas agora é sério, quando você vai tentar alguma coisa com ela?

— Nunca.

— Vai morrer com tesão acumulado, tadinha.

— Cala sua boca! Olha Carol, quando eu te conheci você não era assim!