Como você reagiria ao saber que você iria para a casa mais vigiada do Brasil?
Essa é a pergunta que corre pela cabeça de uma loira e uma morena, cujo as quais decidiram embarcar nessa aventura de cabeça.
Carolina Marquezine, com seus 24 anos e com u...
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Yasmin nunca foi o tipo de pessoa medrosa.
Se lembrava muito bem de quando era menor, via todas as crianças correndo para longe do escuro quando apagavam as luzes, mas a única coisa que se questionava era o porque de tanto alvoroço, afinal, não seria o escuro que te mataria.
Se questionava do porque o medo de animais, ou da floresta, ou do mar. Não entrava em sua cabeça como era possível alguém temer coisas tão lindas quanto essas, para ela, cada coisa havia sido feita de acordo com o esperado, e se essa fosse a vontade divina, não havia nada à se preocupar, sua hora havia chegado? Estava escrito no universo acontecer assim, não tinha o que se fazer.
Parecia uma coisa muito maluca de se pensar, até que você começa a pensar demais sobre isso, e de fato começar a fazer sentido. E quanto mais faz sentido, menos você teme coisas fúteis em sua vida. Faz sentido?
Bom, ao menos para Yasmin faz.
Sempre pulou de cabeça sem pensar em consequências ou essas baboseiras de medo, mas agora de frente com aquela grande residência, ela se questionou se tudo isso em que ela acreditou seria verdade.
Seus dedos se embolavam entre si e a todo momento se questionava se realmente era necessário tudo isso. Ela sabia que era, mas se conseguisse enganar sua própria mente e acreditar que não era, seria um fardo a menos.
Respirou fundo e alinhou bem os seus pensamentos e o que falaria. Apesar de não estar com coragem o suficiente de se aproximar, sabia o quanto sentia falta da sua zona de conforto em forma de gente, e que essa conversa seria mais do que urgente.
Enfim, tocou a campainha.
O barulho estridente ressoou pela grande casa, foi possível ouvir passos se aproximando da porta, e então, tudo se passou em câmera lenta.
O olhar de choque na mais velha não pode passar imperceptível, por alguns longos segundos se manteve assim, ela analisou bem a loira, tentando entender se era de fato Yasmin ali ou se era algo de sua cabeça
— Oi. — murmurou com um meio sorriso.
— Yas... — aquele sorriso que Yasmin tanto amava estava escancarado em sua frente, amava vê-lo surgir e principalmente ser o motivo deles.
— Eu voltei, mamãe.
— Meu Deus, Yas! Você não tem noção do quanto eu fiquei preocupada, não tive notícias suas e você não atende minhas ligações fazem meses! — jogou tudo pra fora e puxou a filha para um abraço apertado. — Por favor, não faça mais isso se não quiser matar sua pobre mãe de um ataque cardíaco.
— Desculpe, eu precisava de um tempo pra mim, mas agora que estou, temos muito do que se conversar.
— De fato, eu vi que você e o Gabriel reataram, fico feliz que você esteja bem agora com ele!
