Cellbit suspirou fundo encostando na cadeira desconfortável de seu escritório, a garrafa de café já estava vazia assim como sua xicara, seus olhos doíam de acordo com o tanto de tempo que ficara olhando para aquela maldita tela de computador, por mais baixa que fosse a luz do local, apenas a iluminação emitida pela tela o causava uma angustiante dor de cabeça. Seus braços foram apoiados sobre a mesa, e sua cabeça em cima deles, seu corpo estava inteiramente dolorido. Já fazia três dias que não saia do escritório, ele precisava de ar.
Com isso em mente ele se retirou do local, trancando as coisas de forma devida, subiu até seu quarto. O vento balançava as cortinas que fechavam a varanda do quarto, em busca dele, o loiro atravessou o tecido de seda, sendo recebido por uma forte corrente de vento. Ele se sentou no banco de madeira estufado, e fechou os olhos, as olheiras já eram parte dele, assim como os fios loiros escuros desgrenhados. Passando a mão pelo cabelo, ele tenta ajeitar a situação. O vento que batia contra o seu rosto anulava a noite quente, o refrescando e demostrando algo que ele mesmo duvidava á algum tempo, ele estava vivo.
A distração em pensamentos intrusivos era tanta, que não ouviu o aviso de entrada no castelo, e muito menos percebeu quando deixou de estar sozinho na varanda do quarto. Deu um sobressalto ao sentir lábios quentes encostarem nos seus, mas logo sorriu. Antes que pudesse abrir os olhos mãos quentes cobriram seus olhos, fazendo uma expressão confusa aparecer em seu rosto, e uma risada anasalada ser escutada, uma risada que ele amava. Sentiu um selar ser deixado em seu pescoço, outro em seu maxilar, subindo para sua bochecha, para ponta do nariz e por fim, outro em sua boca. Umedecendo os lábios, ele leva as suas mãos até as mãos que cobriam seus olhos, entrelaçando os dedos, e abaixando-as.
Os olhos azuis encontram os castanhos, um arrepio conhecido sobe a espinha dos dois, sempre que os olhares se encontravam sentiam isso, e nunca iriam cansar. Um sorriso cresce nos lábios curiosamente rosados do mexicano a sua frente. Roier senta-se ao seu lado, apoiando a cabeça em seu ombro, enquanto seus olhos se direcionam ao mexicano.
- Senti saudades. – Cellbit deixa um selar no topo da cabeça do moreno.
Roier sorriu, olhando para o loiro, com uma das mãos, ele coloca uma mecha loira escura para atrás da orelha do investigador, recebendo um simples, porém apaixonado selar rápido. Eles voltam a aproveitar o vento, porém, uma notificação chega no celular de Cellbit, atraindo sua atenção, como sempre, paz era desconhecida pelo homem. Em um suspiro pesado ele retirou o aparelho do bolso. Porém, ao ter tal objeto retirado de sua mão, ele resmunga. Com a outra mão, Roier segura o queixo do loiro, levando seu olhar de encontro ao seu novamente. Com o mesmo arrepio.
- Já disse para bloquear o celular e olhar apenas para mim quando estivermos sozinhos. – Ele intercalava o olhar entre a boca e os olhos azuis do marido.
- Perdoname guapito. – Cellbit sussurra contra os lábios de Roier, ele umedeceu os lábios, e quando chegou mais perto, o mexicano vira o rosto. – Guapito... – Ele sussurra próximo ao ouvido alheio juntamente a uma risada anasalada.
O moreno se levanta, tendo a mão segurada. Cellbit se levanta, sendo guiado para dentro do local, ele estava com falta disso, falta de ser controlado pelo marido, saudade de Roier como um todo. Eles eram completamente diferentes, porém, suas diferenças faziam com que eles se encaixassem perfeitamente. Cellbit deita o marido na cama, deixando selares carinhosos por todo seu rosto. Enquanto o moreno ria baixo e abraçava o pescoço do marido. Ele sela rapidamente as bocas, e volta a encarar o amor de sua vida, marcando cada detalhe dele em sua mente, como grafite em uma parede, armazenando desde suas pintas até seus olhos. Ele amava fazer isso, para que quando fechasse os olhos, pudesse relembrar perfeitamente de seu rosto, como um enigma criptografado em sua mente.
- Amo quando você vem aqui sem me avisar. – Cellbit ainda encarava Roier, e Roier o encarava, agora com uma feição confusa. – Esperar para te ter é torturante.
O mexicano sorri, e se aproxima do rosto do marido. Um barulho no andar de baixo chama a atenção dos dois.
- Melhor trancar sua porta, e depois pode me olhar um pouco mais. – Roier soa debochado, deixando um selar na boca rosada do homem que se levanta.
Cellbit tranca a porta do quarto, voltando ao marido, eles não se viam há semanas, precisavam desse momento, momento que eles amavam. Apenas os dois, palavras de carinho e afirmativas que apenas Roier precisava escutar, Beijos e abraços carinhosos e cuidadosos que apenas Cellbit precisava sentir. Dizeres era o que marcava a relação, dizeres de carinho, dizeres de amor, os apaixonantes dizeres.
- Nunca vou deixar de te amar. – O coração do loiro batia como um martelo contra seu peito. – Sorriremos quando acordar e antes de dormir. – Ele sela os lábios em um selinho. - Viveremos por todas as vidas, e nos veremos em todas elas. – Outro selinho - E nos teremos e assim seremos escritos, como premedito. - Ele sela mais uma vez, recebendo um sorriso.
- Bom, nessa vida, você já me tem. – Roier segura na gola da camiseta branca, puxando o marido até os lábios se chocarem.
Era um beijo especial, eles descontavam a saudade, e eles demonstraram seu amor eterno, uma das mãos Cellbit apoiava no colchão da cama, e a outra repousava na cintura de Roier, pressionando um pouco. O mexicano mantinha a mão na gola da camiseta e a outra no rosto do brasileiro, acariciando sua pele com o dedão. Logo tirando a mão da camiseta Roier, eleva até os fios loiros escuros, aprofundando o osculo, e fazendo Cellbit sorrir. O ar começa a faltar então selinhos finalizam o ato.
- Amor, eu vou te apresentar as estrelas. Viajar o mundo. – Roier diz invertendo as posições e abraçando o marido- Eu sou todo seu, nessa e em outras vidas.
- Sempre... – Cellbit encara Roier
- Sempre Dizeres... – Roier encara Cellbit
- Eu te amo demais. – Eles sorriem, e apertam mais o abraço.
Sempre dizeres
"Eu te amo demais."
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Espero que tenham gostado ♡🌷