Saudade, é um sentimento causado pela distância ou ausência de algo ou alguém. A saudade é o amor que fica. A saudade é um paradoxo: ao mesmo tempo em que aperta o nosso coração, preenche ele de amor. Saudade é um sentimento tão único que não tem nem mesmo tradução, e se Pac pudesse dizer o que sentia agora, ele usaria "Saudade".
Ele observava o céu carmim enquanto olhava sua missão do dia, ver aquele nome ali trouxe lembranças que sentira falta, ele não lembrava qual fora a última vez que tivera liberdade para conversar com dono dos cabelos brancos que o encantavam, e desde que chegaram no purgatório, o diálogo se tornou mais ainda uma miragem.
Etolies pela primeira vez travou com o desafio em sua frente, a quanto tempo ele não ouvia o nome em questão, seu coração errou uma batida assim que leu quem deveria matar hoje, não soubera nem explicar aos bolas o porquê de ter simplesmente saído da base sem um rumo certo apenas com um certo alguém em mente. Pac. Não foi muito tempo de caminhada, pelo menos não na visão do francês que assim que avistou os cabelos pretos voando conforme o vento, não se moveu mais.
Pac sentia a presença atrás de si, e não tinha certeza se queria virar para olhá-lo, não sabia se tinha coragem o suficiente para isso, mas ele precisava. Quando os olhos se encontraram pequenos e tristes sorrisos apontaram em seus rostos, lentamente sem mover o olhar eles se aproximaram, deixando seu corpo ir com o vento, e então pararam um frente ao outro.
Etolies tirou a máscara de gás com sutileza para não assustar o brasileiro, Pac sorriu ao finalmente poder ver o rosto do de cabelos brancos, e em um ato impulsivo ele o abraçou, ele apertou como se a qualquer momento o francês fosse evaporar em sua frente, Etolies por sua vez, sabia que não deveria abaixar a guarda tão facilmente, mas sem pensar duas vezes largou a espada retribuindo o ato na mesma intensidade.
Esse podia ser o fim deles, e da confiança que tinham um no outro, mas pelo menos no tempo que tinham, eles iriam voltar para onde conheciam muito bem, os braços um do outro.
Lagrimas desciam lentamente dos olhos de Pac, Etolies afundava o nariz na curvatura do pescoço do menor, seus braços em momento algum se moviam para não correr o risco de se separarem, era a primeira vez que se falavam desde que Pac começara a ficar mais próximo de Fit, Etolies focara em melhorar seu combate para se distrair e não pensar nessa aproximação que por alguma razão, muto o incomodava.
Era uma pena o fato que ao se soltarem, teriam que batalhar, até um deles cair. Sabendo disso, nem se quer faziam menção em se soltar.
- Eu senti sua falta. -A voz abafada de Pac coloca um sorrisinho no rosto do francês
- Eu também senti a sua. - Ele diz sentindo mais ainda o cheiro de Pac, o seu cheiro favorito sem dúvidas.
- Por quê? - Pac diz deixando o francês confuso- Por que me deixou ir? - Etolies sente uma teimosa lagrima descer de seus olhos
- Eu não sei, acho que estava com medo. - Ele não tinha problema em ser verdadeiro com Pac- achei que realmente quisesse ir.
- Está doendo tanto a ideia de te ferir, assim como doeu ver você me deixar fugir sem hesitar. - Com o tom de voz embargado Pac faz menção a se soltar, mas Etolies não permite.
- Espera mais um pouco, por favor- A voz chorosa do francês o fez voltar ao abraço. - Nunca parei de te amar, saiba disso.
- Eu também não, Cher, eu também. - O apelido antigo que Pac usava com ele é a deixa para o fim do contato.
Assim que se soltaram eles se afastam em passos lentos retomando as armas, e sem tirar o olhar um do outro, empunhando armas, Etolies faz menção a descer a máscara de gás novamente, mas é impedido pelo moreno que diz alto
- Quero ver seu lindo rosto antes de te matar Cher.
Etolies arremessa a máscara sorrindo e se colocando em posição de luta
- Sua última visão será incrível então, docinho.
O apelido faz Pac esboçar um sorrisinho antes de empunhar a espada
Contra as suas vontades eles avançam um contra o outro, o sangue e a força são evidentes durante a batalha, olhos sempre um no outro, o francês estava orgulhoso por Pac usar várias estratégias que ele o ensinara, porém, um aprendiz raramente supera um mestre. E com Pac embaixo de si, Etolies deixa um selar no canto de sua boca
- Até a próxima docinho. - Ele crava a espada, e mesmo culpado, ele sorri ao ver o sorriso no corpo abaixo.
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Um curtinho porque eu estava com saudade deles, espero que tenham gostado ♡🌷
