Maria Luiza Vitale viveu um inferno toda a sua vida com seus pais biológicos, e mesmo tendo a chance de deixar aquilo tudo para trás nunca conseguiu, por medo do que viria depois, afinal, as consequências poderiam ser boas ou ruins. Mas tudo muda qu...
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"Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado."
- Roberto Shinyashiki
Há quase 8 atrás...
Era uma noite estrelada, não como outra qualquer, as estrelas brilhavam tanto que pareciam dançar no céu. Aquela imagem encantava o jovem Alexandre Moretti, de dezoito anos que sempre foi apaixonado por astronomia, ele estava no Brasil naquele tempo por causa de uma promessa feita para uma amiga, e pela primeira vez ele visitava o país em uma rápida ida para Holambra, uma colônia tipicamente holandesa situada na região de Campinas, conhecida como a "Cidade das Flores". Ele foi com a amiga em segredo, somente os dois e seu irmão adotivo, seu primo Ítalo, que esperava com ele em frente a casa que Melissa, sua amiga, tinha entrado furtivamente para ver seu grande amor.
Ambos os adolescentes de dezoito e dezessete anos esperavam na varanda da tal casa conversando e observando o céu estrelado, até começar a chover. Em algum momento Alex viu um vulto no jardim na casa vizinha da frente, curioso ele nem mesmo se importou com a chuva ou o seu irmão lhe chamando, pois sentia dentro de si que tinha que ir até aquele jardim, que era cheio de flores, em sua maioria rosas, o lugar era aberto e protegido apenas por uma cerca de madeira que foi facilmente ultrapassado pelo moreno que seguia o barulho das folhas.
E no meio de uma roseira ele viu algo que lhe surpreendeu, mas que também lhe fez sorrir em descrença e empatia. Era uma garotinha de pele clara, cabelo loiro mediano, e olhos lindos azuis claros, vestida com um casaco fechado de algodão, azul escuro, calça preta legging, e uma bota nos pés, ensopados, como ela inteira.
Estava tremendo de frio e medo, encolhida entre as roseiras, olhando assustada para o garoto em sua frente. Alex tenta chegar perto dela, dando um passo em sua direção, mas a mesma recua, logo reclamando de dor, pois feriu a bochecha com o espinho de uma rosa, mas logo o rapaz percebe que não era o único machucado nela, um pingo de sangue cai na grama com ela apertando as mãos, lhe olhando com olhos cheios d'água, com medo.
- Eu não vou te machucar, eu juro, só quero te ajudar.
Levantou suas mãos, mostrando não ser um perigo, ao ver as mãos dela ainda sangrando ele fala ao rasgar a própria blusa. Estava vestido um um casaco moletom com jeans, uma blusa branca de mangas curtas por baixo, calça jeans rasgada no joelho e um tênis preto. Ao ver os movimentos bruscos do rapaz a garota cai para trás assustada, fazendo ele dar risada.
Encantada com o sorriso dele, ela sorri também, tímida o encarando, e o mesmo fala ao se abaixar em sua frente.
- Seu sorriso é lindo, pequena, deveria sorrir mais ao invés de ficar tão assustada. - cuidadoso ele se aproxima dela, pegando suas mãos pequenas, e diz dando de ombros, brincando, acabando de cobrir as duas mãos dela com as tiras de sua blusa. - Mas entendo o medo, deve mesmo ficar longe de estranhos, eles podem ser maus.